sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Sangue da Terra - Sofia Marrecas Ferreira

Título: O Sangue da Terra
Autora: Sofia Marrecas Ferreira
Editora: Porto Editora
Págs.: 224
P.V.P.: 15€

Sinopse:
Tomasa, a mãe, e Catarina, a filha: entre Lisboa, o Alentejo e Paris, duas gerações de mulheres em busca da felicidade e de sentido para as suas vidas; duas mulheres que, através do trabalho, das suas opções e do seu talento, tentam ultrapassar a solidão, a loucura e a morte.
O Sangue da Terra é um hino às mulheres, à força com que se entregam ao amor e às suas paixões, à coragem com que assumem as suas escolhas e a sua liberdade. Uma força e uma paixão que estão presentes na escrita de Sofia Marrecas Ferreira, influenciada também pelo ar, pelo calor, pela imensidão da planície alentejana e por toda uma atmosfera que acaba por envolver os leitores.

A minha opinião
O Sangue da Terra conta a história de Tomasa, uma mulher que viveu eternamente à espera que o seu grande amor, Octávio, decidisse finalmente casar com ela e perfilhar Catarina, a filha de ambos. Catarina vivia na ignorância de quem era o seu pai. Via em Octávio um tio, por quem nutria um amor grande. Mas quando soube que o seu adorado tio era o seu pai não aceitou tão bem o segredo que tinham guardado dela.
“E Catarina olhou Tomasa com frontalidade, como se não suportasse mais a mentira em que sempre vivera. Porque não lhe dissera que Octávio era seu pai desde o princípio, porque não trabalhara ela como toda a gente, e porque se transformara ela numa mulher clandestina e sem coragem…”
O adultério por parte dos pais nunca foi bem compreendido por Catarina, que descobriu também ter uma irmã, Rafaela. Quando Octávio lhe decide contar a história da sua vida, levando-a a conhecer a sua terra no Alentejo, Catarina vai, mas de má vontade. Naquele calmo lugar, um sítio pitorescos com gente simples, Octavio viveu um casamento devoto, com um grande amor por Santa, e por Rafaela, uma rapariga diferente, mas muito talentosa.
No entanto, a história repete-se quando Catarina se apaixona também por um homem casado. Por momentos ficamos a pensar que as vítimas são estas duas mulheres e não as esposas dos seus amantes, que sem saberem o que se passa, vivem as suas vidas normalmente e para os seus maridos, sobretudo Roberta, mulher de António. Será que estas relações extra-conjugais são assim tão normais e aceitáveis?

Classificação: 3/5

1 Comment:

Carla Martins said...

relações extra-conjugais nunca são normais, né? huahuahuahuahua

beijos!