quarta-feira, 29 de abril de 2009

Novidades Bertrand

No dia 24 de Abril, a Bertrand lançou, juntamente com os romances de Elizabeth Gilbert - Filha do Mar e Rosa do Deserto de Linda Holeman, mais três novidades tentadoras. Os Espiões do Papa desvenda segredos bem guardados. Sobre factos e personagens reais, o novo livro de Eric Frattini mergulha o leitor na Entidade, o serviço de espionagem do Vaticano.
Em Visibilidade, por outro lado, de Boris Starling (autor de Messias, Vodka e Tempestade, entre outros), também há um homem que guarda um segredo que pode mudar o mundo. Mas terá ele tempo suficiente para o revelar?
Por fim, e para refrescar, porque não uma caipirinha? Tal como a famosa bebida brasileira, A Cairipinha de Aron é uma obra refrigerante. Nela, há rasgos de humor, análises rigorosas e uma dissecação permanente e vital da actualidade.

Visibilidade
Chancela: Bertrand Editora
368 Páginas | PVP: 19,50 €

Talvez o nome Boris Starling não situe de imediato o leitor. O mesmo não acontece com os títulos dos livros da sua autoria, entre eles Vodka, Tempestade, Messias…
Tal como nos seus anteriores romances, sempre recheados de assassínios e pormenores macabros, o mais recente enredo de Boris Starling não esconde o apurado sentido de humor do escritor.
Em Visibilidade há um homem que guarda um segredo que pode mudar o mundo. Mas terá ele tempo suficiente para o revelar?
Em Dezembro de 1952, com as sombras da guerra a esbaterem-se e com o a Guerra Fria cada vez mais quente, Londres viu-se envolvida numa combinação mortal de poluição com condições meteorológicas adversas que ficou conhecida como o Grande Nevoeiro sendo responsável por mais de 12.000 vidas. Neste miasma, um homem encontra a morte, nas águas baixas e geladas da Long Water. Alguns dizem que estava apenas bêbado, vagueando no Hyde Park. Mas, para Herbert Smith, novo detective da Scotland Yard o corpo torna-se uma pista muito mais interessante ao descobrir que a sua morte não foi acidental. Era bioquímico, e poucas horas antes de morrer tinha reclamado estar na posse de um segredo que podia mudar o mundo.

Sobre o autor:
Nasceu em 1969 em Eaton onde estudou e viveu até à sua licenciatura em História, feita em Cambridge. Boris Starling é um dos mais aclamados autores de thrillers tendo anteriormente publicado Vodka, Tempestade e Messias. Trabalhou numa companhia de serviços que iam desde as investigações confidenciais até à negociação de raptos. Foi jornalista do The Sun e do The Daily Telegraph. Actualmente vive em Londres.

A Caipirinha de Aron - Crónicas de um Liberal Triste
Chancela:
Bertrand Editora
186 Páginas
| PVP: 15,90 €

Tal como a famosa bebida brasileira, A Cairipinha de Aron é uma obra refrescante. Nela, há rasgos de humor, análises rigorosas e uma dissecação permanente e vital da actualidade.
Investigador do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa, Henrique Raposo, o autor, é conhecido sobretudo pelas suas crónicas semanais no jornal Expresso, onde num estilo ora leve ora mais seco, mas sempre inconfundível, tem depurado os factos do país e do mundo. Mantorras e Sócrates na Terra do “Inho”, Porreirismo em Pequim, Capitalismo Chico-Esperto, E se Obama Fosse Português?, Lisboa é um Penico, A (Verdadeira) Geração Rasca, O Bordel Partidário e Anjos, Arguidos e os McCann são apenas algumas das crónicas de leitura incontornável (ainda que o prazer ultrapasse largamente a obrigação cultural).
Organizado em três partes temáticas, A Caipirinha de Aron – Crónicas de um Liberal Triste reúne não só as crónicas publicadas no Expresso mas também na revista Atlântico e no blogue O Acidental. A primeira parte do livro faz uma análise crítica da sociedade e política portuguesas e reflecte sobre as questões do «Estado de Direito». Já a segunda parte entra no típico debate português, isto é, aborda as questões do «Estado Social» e, por fim, a terceira parte aborda o «ar do tempo» na Europa Ocidental, dominada pela decadência moral e intelectual dos europeus. Eis uma caipirinha de sabor agridoce, portanto.

Sobre o autor:
Henrique Raposo tem 30 anos. Licenciou-se em História e "amestrou-se" em Ciência Política. É, por isso, a pessoa indicada para trabalhar em Relações Internacionais: é investigador no Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova. Foi colaborador e editor da revista Atlântico. Também colaborou com o Público, Diário de Notícias e Independente. É cronista do Expresso desde 2008.


Os Espiões do Papa
Chancela: Bertrand Editora
368 Páginas| PVP: 18,50 €

Desde 1566, ano da fundação do serviço de espionagem do Vaticano, até aos nossos dias, a Santa Aliança e a sua contra-espionagem assassinaram reis, políticos e financeiros, como Henrique IV de França ou Roberto Calvi; viram-se envolvidos em revoltas e revoluções; financiaram ditadores e apoiaram golpes de Estado; criaram sociedades para cometer assassínios selectivos; traficaram armas; apoiaram grupos em conflito; ajudaram na fuga de criminosos de guerra nazis e provocaram falências bancárias e financeiras, tudo isso em nome de Deus e da fé católica por ordem do Sumo Pontífice.
«Se o Papa ordena liquidar alguém na defesa da fé, faz-se isso sem fazer perguntas. Ele é a voz de Deus e nós [a Santa Aliança] somos a mão executora». Cardeal Paluzzo Paluzzi, chefe da Santa Aliança, século XVII.
É sobre os meandros do Vaticano, e mais concretamente sobre a Santa Aliança, hoje em dia conhecida como A Entidade, que trata este ensaio histórico-político, Os Espiões do Papa, fruto da investigação exaustiva de Eric Frattini sobre cinco séculos de operações encobertas do serviço de espionagem pontifício, desde Pio V até João Paulo II. Todas as personagens e acontecimentos deste livro são reais.

Sobre o autor:
Eric Frattini nasceu em 1963, em Lima, Peru. Foi correspondente da Cadena Ser, do jornal Cinco Dias e do Canal Plus no Médio Oriente. Viveu em Beirute (Líbano), Nicósia (Chipre) e Jerusalém (Israel), tendo entrevistado diversas personalidade, entre as quais, Yasser Arafat, Isaac Rabin, Simon Peres, Ariel Sharon, Nelson Mandela, Dalai Lama, Hosni Mubarak, Colin Powell ou Jimmy Carter.

Feira do Livro de Lisboa vai possuir espaço para troca de livros

Pela primeira vez na Feira do Livro de Lisboa vai existir um espaço para troca de livros. O projecto chama-se «Lisboa, encruzilhada de Mundos», e reuniu 600 livros em diversas línguas estrangeiras, português e braille. O Instituto Camões e o Instituto do Livro, associações e institutos de línguas contribuíram para esta iniciativa.
Haverá ainda espaço para um debate sobre o «bookcrossing» como «biblioteca global» e iniciativas em parceria com as bibliotecas municipais, como as frases e poemas do dia.

79.ª edição da Feira do Livro de Lisboa

Começa já amanhã e decorre até ao dia 17 de Maio, no Parque Eduardo VII em Lisboa, mais uma Feira do Livro de Lisboa que promete muitas novidades.
Para a 79ª edição da Feira do Livro de Lisboa são muitas as novidades prometidas. Desde logo, novos horários, novos pavilhões e mais de 150 actividades que prometem fazer “Viver a Leitura”.
As portas estão abertas das 12h30 às 20h30, de segunda a quinta-feira, e até às 23 horas à sexta-feira e véspera de feriados. Aos fins-de-semana, a Feira do Livro começa mais cedo. Aos sábados funciona das 11 às 23 horas e, aos domingos e feriados, das 11 às 22 horas.
Durante a Feira do Livro de Lisboa podem ser adquiridos livros a preços especiais e pedidos autógrafos aos escritores que por lá marcam presença. E ainda, debates, mesas-redondas, lançamentos de livros e entregas de prémios são algumas das iniciativas previstas no programa.
Dois pavilhões são dedicados ao Brasil que, este ano, é o país convidado da Feira do Livro de Lisboa.
Modernos, funcionais e coloridos os novos pavilhões estão preparados para acolher os visitantes num novo horário. O público infantil e as escolas são a grande aposta da Feira do Livro de Lisboa que vai estar aberta à hora de almoço. Às sextas-feiras, vésperas de feriado e fins-de-semana, a noite continua a convidar as famílias a "Viver a Leitura" no Parque Eduardo VII.

Gradiva organiza Feira do Livro On-Line

De 30 de Abril a 17 de Maio, e em simultâneo com Feira do Livro de Lisboa, a Gradiva vai levar a cabo mais uma Feira do Livro On-Line, com descontos especiais em todos os títulos. Por isso, quem não tiver a possibilidade de se deslocar até ao Parque Eduardo VII, poderá sempre aproveitar os descontos que a Gradiva oferece visitando a sua página de internet.

Uma última noite - Nora Roberts

Sinopse
Kasey Wyatt recebe uma oferta de emprego do escritor Jordan Taylor. Como antropologista especializada na cultura dos nativos norte-americanos, a sua função é pesquisar e fornecer referências para o próximo livro do famoso e solitário Jordan. Instalando-se na mansão do escritor, Kasey sente-se aborrecida com as restrições impostas pela mãe do escritor. Mas, sempre vibrante e bem-disposta, começa a explorar os arredores da mansão, divertindo-se e desafiando as regras rígidas da casa.É então que Jordan repara em Kasey. A princípio não se aproxima muito dela, mas o trabalho em conjunto obriga-o a reconhecer que se sente fascinado pela sua beleza... e surpreendido pela sua boa disposição contagiante. Tão contagiante que, pela primeira vez desde a morte do irmão, Jordan sente-se vivo. Mas infelizmente nem todos vêem com bons olhos a aproximação de Kasey e Jordan... e há quem esteja disposta a tudo para os separar.

Comentário de Maria Manuela
A concepção de um livro leva Jordan Taylor a contratar os serviços da antropóloga Kathleen Wyatt (Kasey), através do velho amigo Harry Rhodes.
Assim que a conhece, Jordan sente qualquer coisa nela que o atrai bastante, mas não consegue decifrar o que é.
Nas páginas seguintes, o trabalhar em conjunto permite-lhes irem-se conhecendo melhor mas, simultaneamente, há algo de misterioso em ambos que os continua a atrair. Assim nasce a paixão entre os dois.
O casal teve que enfrentar a desaprovação de Beatrice Taylor, mãe de Jordan que apenas vivia para as festas e eventos sociais, não demonstrando qualquer tipo de carinho ou ternura sequer pela sua neta Alison. Beatrice vivia apenas para ostentar a riqueza e o bom-nome da sua família à sociedade.
A jovem Alison, filha do irmão gémeo de Jordan que já tinha falecido, vive subjugada aos caprichos e vontades da avó. Tudo nela tem que ser perfeito e esquematizado.
A mudança de Kasey para a residência dos Taylor vem alterar tudo isso. Alison e Jordan começam a adoptar comportamentos diferentes dos habituais e Beatrice começa a desaprovar a presença da antropóloga na sua casa.
Com o desenrolar da história, fica-se a saber que também Kasey sofreu como Alison. Em pequena, após a morte dos seus pais, chegou a ir viver para casa de uma tia paterna que era como Beatrice Taylor. Sofreu e fez de tudo para regressar para junto do avô materno, o humilde médico que a acabaria por criar.
Confesso que esperava algo mais desta história. A certa altura, a narrativa desenrola-se em grande parte centrada nos encontros furtivos de Jordan e Kasey.
Mais para o final, há uma reviravolta na história. A decisão de Beatrice Taylor faz mudar o rumo dos acontecimentos, e aqui, quando tudo previa que estivéssemos perante um novo fôlego para continuar a viver esta história… o livro terminou.
Atendendo ao enredo e aos ingredientes penso que esta narrativa poderia ter sido melhor explorada/desenvolvida.

Comentário de Maria Manuel
Este livro, em formato e-book da Nora Roberts, oferecido pela Saída de Emergência, não me prendeu tanto quanto gostaria. Já li alguns livros da autora, nomeadamente trilogias, mas talvez por este ser mais pequeno não teve tanto conteúdo, a história das personagens podia ter sido mais desenvolvida. Penso que a personagem de Kasey, Jordan e Alison teriam uma história bonita para contar e que foi passada para segundo plano pela autora, que apenas incidiu a narrativa na história de amor entre os dois primeiros. Como história de amor não deixa de ser bonita e ao estilo de happily ever after, com Kasey no papel de protagonista, que vai fazer um trabalho sobre antropologia para o novo livro de Jordan e acabam por se apaixonar perdidamente. Pelo meio aparece Alison, filha do irmão gémeo de Jordan, entretanto falecido. No entanto, Beatrice Taylor, mãe de Jordan, ensombra a relação dos dois, e acaba por separar o jovem casal. Mas no fim, acaba tudo bem como num conto de fadas.

Classificação: 2/5

terça-feira, 28 de abril de 2009

Campanha Especial Dia da Mãe

Com o aproximar do Dia da Mãe, dia 3 de Maio, são várias as editoras que estão a realizar campanhas especiais alusivas à data.
A Editorial Presença colocou à disposição uma lista de nove títulos com desconto de 20% sobre o P.VP.. E são eles:

- “O charme discreto da vida conjugal”, Douglas Kennedy - 19,80 €
- “A mulher do viajante no tempo”, Audrey Niffenegger - 16,00 €
- “Uma questão de confiança”, Tiago Rebelo - 9,98 €
- “Um país para lá do azul do céu”, Susanna Tamaro – 8 €
- “Começar de novo”, Andrew Mark – 11,97 €
- “Uma mulher rebelde”, Ayaan Hirsi Ali – 16 €
- “Não tenho um minuto de sossego 2”, Maitena Burundarena – 5,99 €
- “A idade não conta”, Sheila Norton – 11,97 €
- “A princesa que acreditava em contos de fada”, Marcia Grad – 9,98 €

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Dama Negra da Ilha dos Escravos - Ana Cristina Silva

A Dama Negra da Ilha dos Escravos

Memórias de Dona Simoa Godinha

Colecção: Grandes Narrativas

Nº na Colecção: 428

P.V.P.: 13,00 €

Data 1ª Edição: 07/04/2009

Nº de Edição:

Nº de Páginas: 176

Dimensões: 150x230mm

Peso: 277g


Sinopse: A personagem central deste romance, D. Simoa Godinho, é uma das figuras históricas mais intrigantes e misteriosas da Lisboa do século XVI. Tendo nascido em S. Tomé, no seio de uma família rica de fazendeiros, acabaria mais tarde, já casada com o fidalgo Luís de Almeida, por vir viver para a capital do reino, onde viria a expressar o seu carácter profundamente humano através de inúmeras obras de solidariedade, nomeadamente junto da Misericórdia. Ficamos a conhecer toda a sua vida – a infância e juventude no exotismo de S. Tomé, a paixão por Luís de Almeida, a sua influência na sociedade lisboeta da época - neste romance soberbo que tão bem soube captar as múltiplas nuances desta personalidade que tem apaixonado sucessivas gerações de historiadores.


Comentário

Já o disse aqui mais do que uma vez que adoro biografias, sobretudo biografias bem contadas, que relatem factos históricos, mas que não se tornem maçudas. A história de Dona Simoa Godinho é uma dessas biografias que me encantaram logo. Primeiro porque nunca tinha ouvido falar de tal personagem, depois porque a história contada por Ana Cristina Silva está tão bem alinhavada que nos prende à história daquela que foi apelidada de A Dama Negra da Ilha dos Escravos.

A vida de Simoa Godinho é-nos relatada pela própria, numa espécie de confissão a uma sua sobrinha, Lourença, mas que poderia muito bem ser dirigida ao leitor. Filha bastarda, vive rodeada de mulheres, avó, mãe, e tia, que dominaram o seu crescimento. No entanto, desde muito nova, que Simoa começou a ver as diferenças entre brancos e pretos. Porém, tanto a sua família, como mais tarde aquele que viria a ser seu marido, trataram sempre bem os escravos, na medida do possível para aquela época. Luís de Almeida, futuro marido de Simoa, era um nobre vindo de Portugal, que ao perder todas as posses que tinha no seu país, decidiu partir para S. Tomé para amealhar fortuna. O português era uma pessoa bastante empreendedora tendo desbastado florestas e edificado fazendas, tendo chamado, inclusive, um especialista da ilha da Madeira para aperfeiçoar o fabrico do açúcar. Luís de Almeida traria ainda ideias mais humanitárias para os escravos, introduzindo mudanças profundas nos métodos de trabalho das suas fazendas.

Após anos de prosperidade em S. Tomé, Luís de Almeida e Simoa Godinho decidem estabelecer-se em Portugal. A mudança criou alguns comentários menos favoráveis ao casal na capital portuguesa, sobretudo por Simoa ser negra. Uma visão muito alargada dos costumes da época, do preconceito, da falta de higiene, e da forma como eram tratados os pobres e os doentes. Pena foi que a parte de Portugal não tivesse mais desenvolvimento. Fiquei de tal forma embrenhada nas vivências do reinado de D. Catarina e posteriormente de D. Sebastião, que queria que tivesse sido desenvolvido um pouco mais a permanência de Simoa em Portugal. No entanto, um livro a recomendar.


Excertos

“Crescem as incoerências da memória e as personagens misturam-se, mas lembro-me bem daquela tarde, teria eu quatro anos, em que vi um dos escravos cair desfalecido, arquejando de barriga para baixo sem forças. O feitor aproximou-se de chicote em riste, arremetendo contra ele, como se cada vergastada fosse uma vingança pela sua própria condição de desterrado naquela maldita ilha”.

“Abrir as palavras por dentro é fazer delas janelas para o espírito fecundar o pensamento”.

“Construir uma roça é deixar uma marca na terra que a modificará para sempre”.

“Sendo eu a selvagem que tinha a ousadia de me exibir entre os poderosos do reino, parecia ser ao mesmo tempo a única pessoa suficientemente educada para apreciar os requintes da civilização”.


Classificação: 5/5

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dia Mundial do Livro

Hoje comemora-se o Dia Mundial do Livro. Um dia importante para os amantes da leitura que poderão adquirir os seus livros e autores preferidos a preços mais baixos, já que algumas livrarias estão a colocar descontos no preço editor. Casos como da Wook e Fnac são disso exemplo, onde livros dos mais diversos autores estão a 20% ou mais. Já a Bertrand vai assinalar a data de uma forma diferente: algumas das suas livraria vão organizar animações culturais e actividades especiais para os mais novos.

É bom que se comece a incutir gostos de leitura aos mais novos, e estas iniciativas contribuem para que cada vez mais portugueses possam ler. No entanto, continuo a dizer que o preço dos livros deveria baixar significativamente para que cada vez mais pessoas possam ter acesso à leitura. Tudo bem que existem as bibliotecas, mas nem todas estão actualizadas, além de muitas vezes os horários não serem compatíveis com um horário normal de trabalho dos seus leitores, o que impede muita gente de recorrer a essa forma salutar de compartilhar livros. Penso que ainda há muito para fazer no campo da leitura e do conhecimento.

Sobre a efeméride:
O Dia Mundial do Livro teve a sua origem na Catalunha. A data começou a ser celebrada em 7 de Outubro de 1926, em comemoração ao nascimento de Miguel de Cervantes. A 6 de Fevereiro de 1926, o governo espanhol, presidido por Miguel Primo de Rivera, aceitou a data e o rei Alfonso XIII assinou o decreto real que instituiu a Festa do Livro Espanhol. No ano de 1930, a data comemorativa passou a ser o dia 23 de Abril, dia do falecimento de Cervantes. Mais tarde, em 1996, a UNESCO instituiu 23 de Abril como o Dia Mundial do Livro e dos direitos dos autores, em virtude de a 23 de Abril se assinalar o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalão, e William Shakespeare, dramaturgo inglês.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Mágoas da Escola - Daniel Pennac

Sinopse

Em Mágoas da Escola, Daniel Pennac aborda os problemas da escola e da educação desde um ponto de vista insólito - o ponto de vista do mau aluno. Pennac, que foi ele próprio um péssimo estudante, analisa a figura do cábula outorgando-lhe a nobreza que merece e restituindo-lhe a carga de angústia e dor que inevitavelmente o acompanha.
Misturando recordações autobiográficas e reflexões acerca da pedagogia e das disfunções da instituição escolar, sobre a dor de ser um mau estudante e a sede de aprendizagem, sobre o sentimento de exclusão e o amor ao ensino, Daniel Pennac oferece-nos, com humor e ternura, uma brilhante e saborosa lição de inteligência.Mágoas da Escola é um livro único e irrepetível, que todos os pais e todos os professores não podem deixar de ler - e dar a ler.


Excertos

"Não há nada que impeça mais a assimilação do saber do que o desgosto. O riso, podemos extingui-lo com um olhar, mas as lágrimas…”

“É a sua velocidade de encarnação que distingue os bons alunos dos alunos problemáticos”

“As questões de simpatia ou antipatia por alguns deles (questões bem reais, contudo!) não entram em linha de conta. Seria muito esperto aquele que soubesse classificar o grau dos nossos sentimentos em relação a eles. Não é deste amor que se trata. Uma andorinha aturdida é uma andorinha a reanimar, ponto final!”

“Pessoalmente, concluí que mesmo o cão lá de casa compreendia mais depressa do que eu”.

“Todo o mal que se diz da escola esquece o número de crianças que salvou das taras, dos preconceitos, do desprezo, da ignorância, da estupidez, da cupidez, do imobilismo ou fatalismo das famílias”.


Comentário

Antes de começar a ler este livro pensei que poderia conter uma história à semelhança das de Daniel Sampaio, autor que aprecio bastante. No entanto, após começar a ler as primeiras páginas vi que o livro, além de nos dar uma história do ponto de vista do mau aluno, dava-nos essencialmente uma história de um mau aluno que se tornou professor, também ele professor de bons e maus alunos. Dá-nos assim uma lição de vida. O que à partida pode parecer uma criança condenada ao fracasso, por ter problemas de aprendizagem na escola, causados por vários aspectos da vida, essa criança pode vir a ser um adulto de sucesso e conseguir atingir um nível de aprendizagem igual ou superior aos seus colegas de estudo. Penso que o que autor mostra aqui é que, se um aluno, apesar de ter algumas dificuldades, for bem acompanhado por um bom professor, um professor interessado em saber os motivos pelos quais ele não dá rendimento, um professor interessado em dar a volta por cima e contornar os obstáculos, mostrando que se pode aprender de outras formas, esse aluno pode chegar longe. Porque antes de ser professor, aquela pessoa que está à frente das aulas, que nos ensina a saber cada vez mais, é um ser humano, uma pessoa que nos pode ajudar a enfrentar os problemas, uma pessoa que está lá quando precisamos, uma espécie de substituição dos pais, na escola.

Uma história vista do ponto de vista do professor, mas também do ponto de vista de aluno. Um aluno excluído da turma, um aluno incompreendido pelos colegas e pela maioria dos professores, que apenas precisa de um empurrãozinho para se tornar um aluno mais interessado e optimista. Um livro para reflectir sobre os problemas de insucesso de muitas crianças que muitas vezes surgem devido a anomalias de métodos de ensino.


Título: Mágoas da Escola | Autor: Daniel Pennac

N.º Págs.: 256 | PVP: 15,50 € Preço | WOOK.pt: 13,95 €


Classificação: 4/5

sábado, 18 de abril de 2009

Razões do Coração - Rosalind Laker

Sinopse

Paris, 1894. Num impulso do qual nunca se arrependerá, Lisette Decourt foge de casa na véspera do seu casamento. Apesar de ter jurado nunca mais se apaixonar, quando conhece Daniel Shaw fica imediatamente fascinada pelo sedutor inglês e pelo seu espectáculo de "lanterna mágica", a arte precursora do cinema. O destino acaba por separá-los e Lisette refaz a sua vida como mulher independente e bem-sucedida, mas os seus sentimentos mantêm-se inalterados: ela não consegue esquecer Daniel. Quando o acaso volta a juntá-los, ele é já um realizador famoso, e vê nela a aura de magia capaz de a transformar numa grande estrela de cinema. E ele tudo fará para que nada impeça o seu sonho…
Pela mão de uma das mais apreciadas escritoras de romances históricos da actualidade, Brilliance recupera a época mítica em que o cinema dava os primeiros passos e apresenta-nos uma das suas fascinantes e inesquecíveis estrelas.


Edição/reimpressão: 2009

Páginas: 304

Editor: Edições Asa

ISBN: 9789892304526

Preço: 15€

Excertos

“Apesar de não ter estado contigo desde que foste à nossa festa de fim de ano, bem podíamos ter estado juntas ontem, que seria o mesmo … A amizade não depende nem do tempo nem da distância.”


Comentário

Lisete é uma jovem abastada a quem as circunstâncias da vida, após a morte da avô e, mais tarde, do pai, vão fazer com que mude completamente a sua existência. Em vésperas do casamento, Lisete vê o seu noivo a ter relações com a madrasta numa arrecadação da sua casa, e decide fugir procurando refúgio em Daniel, um iluminador de películas, que tinha conhecido no dia anterior, no espectáculo dado por si. A partir daí a sua vida vai sofrer uma reviravolta, mas Lisete mostra-se uma mulher forte e obstinada. Nada a fará parar.

Uma história que remonta ao tempo dos irmãos Lumière, da Rainha Vitória e aos espectáculos da lanterna mágica, percursor do cinema tal como o conhecemos agora. Os espectáculos de lanterna mágica onde as imagens eram paradas, mas tinham uma sequência de forma a formar uma pequena história. Os sons eram feitos por um assistente que se colocava atrás do mecanismo e mediante as imagens reproduzia os sons. Um espectáculo visto pelos vários extractos sociais e que prendiam qualquer pessoa a uma pequena história. Mais tarde começam a fazer pequenas filmagens que depois se transformam em cinema mudo. É aí que Lisete se torna famosa, como atrás principal em vários filmes realizados pelo seu marido Daniel. A vida do casal também é ela bastante aberta, e contra os costumes na altura juntam-se sem se casarem. Isso leva a que uma das criadas se sinta na obrigação de se despedir devido aos falatórios da vizinhança, por estarem numa situação de ‘pecado’. Foi engraçado como a autora nos remonta para os finais do século XIX princípios do XX através da história bonita e envolvente da protagonista Lisete que, apesar de abastada não se importou de arregaçar as mangas e ‘baixar’ o seu nível de vida em favor da honra e da virtude.

Sobre os Lumière

Auguste e Louis Lumière foram os inventores do cinematógrafo, sendo frequentemente referidos como os pais do cinema. Filhos e colaboradores do industrial Antoine Lumière, fotógrafo e fabricante de películas fotográficas, proprietário da Fábrica Lumière, instalada na cidade francesa de Lyon, inventaram o cinematógrafo, uma máquina de filmar e projector de cinema, invento que lhes tem sido atribuído mas que na verdade foi inventado por Léon Bouly, em 1892. no entanto, como Bouly terá perdido a patente, esta foi registada em nome dos irmãos Lumière a 13 de Fevereiro de 1895. Considerados os fundadores da Sétima Arte, juntamente com Georges Méliès, Louis e Auguste dedicaram-se à actividade cinematográfica produzindo alguns documentários curtos, destinados à promoção do invento, embora acreditassem que o cinematógrafo fosse apenas um instrumento científico sem futuro comercial. A primeira projecção pública de apresentação do invento ocorreu a 28 de Setembro de 1895 na primeira sala de cinema do mundo, o Éden. Mas a verdadeira divulgação do cinematógrafo, com boa publicidade e entradas pagas, teve lugar no dia 28 de Dezembro do mesmo ano, em Paris, no Grand Café, situado no Boulevard des Capucines. O programa incluía dez filmes. A sessão foi inaugurada com a projecção de La Sortie de l'usine Lumière à Lyon.

Os irmãos Lumière desenvolveram também o primeiro processo de fotografia colorida, a placa fotográfica seca, em 1896, a fotografia em relevo (1920), o cinema em relevo (1935), a chamada ‘’Cruz de Malta’’, um sistema que permite que uma bobine de filme desfile por intermitência.


O livro relata a primeira exibição pública das produções dos irmãos Lumière cujas filmagens mostram a saída dos operários das fábricas dos Lumière; a chegada de um comboio à estação e que provoca alguns gritinhos de medo na plateia; o almoço de um bebé e o mar. As produções são ainda rudimentares, mostrando episódios da vida quotidiana e têm entre um a dois minutos de duração.

Classificação: 5/5

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Novidade: Bertrand lança A Rosa do Deserto

Índia e Inglaterra como nunca as viu através de um cativante e invulgar romance histórico

Linda Holeman não é um nome desconhecido dos leitores portugueses. No passado, a Bertrand editou já O Pássaro de Caxemira. E tal como aquele, este A Rosa do Deserto é também um romance impossível de esquecer.

A Rosa do Deserto retrata a história de duas pessoas tão extraordinárias quanto os cenários em que decorre a acção: Índia e Inglaterra. No livro, a autora explora o destino de uma jovem muçulmana nascida para ser obediente e até subserviente mas com sonhos de aventura e liberdade. Chama-se Daryâ, é uma mulher amaldiçoada – porque é infértil - e quando a conhecemos é ainda esposa de um membro de uma tribo afegã.

Porém, mais terrível do que a sua esterilidade é a punição que vai enfrentar quando o marido descobre a sua condição. Perante a hipótese de morrer ou fugir, Daryâ consegue escapar para longe. David Ingram é um enigmático inglês, em viagem pelo Afeganistão, e embora seja um estranho para Daryâ é também o único homem que a pode ajudar. Como? Levando-a para Inglaterra e proporcionando-lhe tudo o que ela merece. Mas será que o ex-marido de Daryâ permitirá tal ousadia?

A Rosa do Deserto é uma história de amor, perda e redenção que inebriará os sentidos do leitor da primeira à última página.

Sobre a autora

Linda Holeman é autora de seis livros para crianças e jovens escreveu dois livros de contos para adultos sendo que ambos foram largamente premiados no Canadá, terra natal de Holeman. A Rosa do Deserto é o seu primeiro romance.

É licenciada em Psicologia/Sociologia pela Universidade de Winnipeg e tem também um curso de Psicologia Educacional pela Universidade de Manitoba. Antes de se dedicar ao à escrita Holeman leccionou durante 10 anos. Tem Três filhos e vive em Toronto, Ontário.


Sobre A Rosa do Deserto

«A Rosa do Deserto é… ricamente ambientado, magnificamente escrito e está cheio de personagens fortes.» | Book Review South África

«Uma maravilhosa evocação histórica, é absolutamente envolvente». |Woman’s Day (Austrália)

Chancela: Bertrand Editora

560 Páginas | PVP: 19,90 €

Disponível a partir de 24 de Abril

Obama em Guantánamo de Nuno Rogeiro apresentado dia 23


A Sextante Editora vai apresentar o novo livro de Nuno Rogeiro, Obama em Guantánamo no dia 23 de Abril, pelas 18h30, no El Corte Inglés de Lisboa. Este livro será apresentado por Mário Crespo.

Sobre o livro: Da luta antiterrorista à segurança energética, das guerras longínquas às relações com os adversários, das informações à tecnologia, do nuclear ao ecossistema, Barack Obama prometeu proteger melhor os EUA. Com base em documentos do novo poder em Washington, entrevistas, análise exaustiva e acesso a arquivos remotos, eis um guia para os próximos quatro anos da América e do mundo.Com o relato exclusivo da visita do autor à prisão de Guantánamo.
Sobre o autor: Nuno Rogeiro é investigador e analista e tem-se especializado no campo da segurança internacional, defesa e estratégia, nos últimos 25 anos. Mantém, desde 2003, na SIC Notícias, com Martim Cabral, o único programa nacional sobre estas matérias, Sociedade das Nações. É fundador da Associação Portuguesa de Ciência Política, e co-director do Instituto Euro-Atlântico.

IV Encontro de Literatura em Viagem (LeV)

Paul Theroux, Luis Sepúlveda, Romana Petri e Francisco José Viegas são alguns dos 40 escritores de 10 países que participam no IV Encontro de Literatura em Viagem (LeV), que vai decorrer em Matosinhos a partir do próximo sábado, dia 18, até ao dia 23 de Abril.
Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, Itália, México e Peru são, além de Portugal, os países de origem dos escritores que vão participar no evento organizado por Francisco Guedes e promovido pela Câmara Municipal de Matosinhos, que decorrerá na Biblioteca Florbela Espanca e na Galeria Municipal.
Temas como "Escrever a Guerra", "Poética da Viagem", "Viajar para contrariar a Monotonia", "Ler o Mundo, Viajando", "A Viagem é a Minha Memória" e "Viajar é preciso" vão ser debatidos no encontro, cujo mote é uma frase do pensador Eduardo Lourenço: "Mais importante que o destino é a viagem".

PROGRAMA DO IV ENCONTRO DE LITERATURA EM VIAGEM

18 de Abril
15H00
- Salão Nobre dos Paços do Concelho
- Conferência de Abertura por José Fernandes Fafe
- Lançamento da revista “Itinerâncias”, número 2
16H30 - Galeria Municipal
- 1.ª Mesa: “Escrever a Guerra”, com António Brito, Carlos Vale Ferraz, Henrique Levy e Luís Castro; Moderador: Manuel Alberto Valente
18H00 - Biblioteca Municipal Florbela Espanca
- Lançamento de livros
“Cisne de África”, de Henrique Levy, Livros de Seda; “A Ofensa”, de Ricardo Menéndez Salmón, Porto Editora.
18H30 - Galeria Municipal
- 2.ª Mesa “Poética da Viagem”, com Filomena Marona Beja, José Jorge Letria,
Miguel Real, Luís Sepúlveda (Chile), Romana Petri (Itália); Moderador: Álvaro Costa
20H00 - Inauguração da Exposição: “Sobre el Mar”, de Nacho Salorio

19 de Abril
11H00 - Salão Nobre dos Paços do Concelho
- Recital de Piano por Raúl Peixoto Costa
12H00h - Salão Nobre dos Paços do Concelho
- Lançamento de livros
“Leça da Palmeira e o Rio Leça nas Artes, nas Letras e nas Ciências” - Indiciário Onomástico, de Albano Chaves e António Mendes, co-edição da Câmara Municipal de Matosinhos/Edium-Editores
15H00 - Biblioteca Municipal Florbela Espanca
“Livro com cheiro a canela”, de Alice Vieira, Texto/Leya; “As cidadãs”, de Filomena Marona Beja, Sextante
15H30h - Galeria Municipal
- 3.ª Mesa “Viajar para Contrariar a Monotonia”, com Ricardo M. Salmón (Espanha), Julieta Monginho, Francisco José Viegas, Cristina Carvalho; Moderador: José Carlos Vasconcelos
17H00 - Biblioteca Municipal Florbela Espanca
- Lançamento de livros
“Para Lá da Terra de Fogo”, de Eduardo Belgrano Rawson, Quetzal; “Cabeça a Prémio”, de Marçal Aquino, Quetzal; “Os Suícidas do Fim do Mundo”, de Leila Guerriero, Quetzal; “Três Lindas Cubanas”, de Gonzalo Celório, Quetzal; “O Velho Expresso da Patagónia”, de Paul Theroux, Quetzal
17H30h - Galeria Municipal
- 4.ª Mesa - “Ler o mundo, viajando”, com Paul Theroux (EUA), Renzo Sicco (Itália), Isabel da Nóbrega, Isabel d’Ávila Winter; Moderador: José Mário Silva
22H00 - Cine-Teatro Constantino Nery
- “Sons da Fala”, concerto com Sérgio Godinho, Vitorino, Janita Salomé, Nancy Vieira (Cabo Verde), Guto Pires (Guiné-Bissau), Luanda Cozetti (Brasil), Juka (São Tomé e Príncipe) e André Cabaço (Moçambique)

20 de Abril
15H00
- Biblioteca Municipal Florbela Espanca
- Lançamento de livro
“A casa da praia do açúcar”, de Helene Cooper, QuidNovi
15H30 - Galeria Municipal
- 5.ª Mesa - “A Viagem é a Minha Memória”, com Alice Vieira, Leila Guerriero (Argentina), Gonzalo Celorio (México), Miguel Miranda; Moderador: Carlos Daniel
17H00 - Biblioteca Municipal Florbela Espanca
- Lançamento de livros
“Vozes do vento”, de Maria Isabel Barreno, Sextante; “O assassinato de Berta Linhares”, de Jacinto Rego de Almeida, Sextante; “Obama em Guantanamo: a nova segurança americana”, de Nuno Rogeiro, Sextante
17H30 - Galeria Municipal
- 6.ª Mesa - “Viajar é um acto sensual em todos os sentidos”, com João Tordo, Joaquim Teixeira de Sampaio, Santiago Roncagliolo (Peru), Christiane Tassis (Brasil); Moderador: José Medeiros Ferreira

21 de Abril
15H00 -Biblioteca Municipal Florbela Espanca
- Lançamento de livro
“Ronda Filipina”, de César Magarreiro, Teorema
15H30 - Galeria Municipal
- 7.ª Mesa - “Existe um limite para o que a Viagem pode exprimir”, com César Magarreiro, Eduardo Belgrano Rawson (Arg.), João Luís Barreto Guimarães, Júlio Moreira; Moderador: Marcelo Correia Ribeiro
17H00 - Biblioteca Municipal Florbela Espanca
- Lançamento de livro
“Portugal no Mar - Homens que foram ao Bacalhau”, coordenado por Álvaro Garrido, Editora Campo das Letras
17H30 - Galeria Municipal
- 8.ª Mesa - “Viajar é preciso”, com Marçal Aquino (Brasil), Richard Zimler (EUA), Luís Sepúlveda (Chile), Helene Cooper (EUA), Joaquim Magalhães de Castro, José Luís Peixoto; Moderador: Jacinto Rego de Almeida

23 de Abril
Biblioteca Municipal Florbela Espanca e Biblioteca São Mamede de Infesta
- Actividades de comemoração do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, dedicado ao público infanto/juvenil
17H30 - Salão Nobre dos Paços do Concelho
Lançamento de livro
“A Maré”, de José Tato, co-edição da Câmara Municipal de Matosinhos/Edium-Editores

Actividades em paralelo
- Biblioteca Municipal Florbela Espanca
- Em volta de “O Principezinho”: mostra bibliográ¬fica, de Padre Ângelo de Sousa (Igreja de São Mamede de Infesta);
- Ateliês - “Uma história nas asas de um avião”
- Encontros com escritores na Biblioteca de São Mamede de Infesta e escolas do concelho de Matosinhos

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Elizabeth Gilbert estreia-se no romance com “Filha do Mar”

Se o livro de memórias "Comer, Orar, Amar" conquistou a crítica e milhões de leitores em todo o mundo, o primeiro romance de Elizabeth Gilbert, "Filha do Mar", promete não se ficar por menos.
No livro, a autora apresenta-nos uma jovem tão irreverente, destemida, inteligente e vencedora como a sua prosa. "Filha do Mar" é, na verdade, um "Romeu e Julieta" dos tempos modernos.
Tendo como palco uma comunidade de gananciosos pescadores, em lutas territoriais pela pesca da lagosta nas águas costeiras do Maine, "Filha do Mar" é um livro sobre o amor repleto de humor.
Foi nesta pequena aldeia pesqueira que nasceu Ruth, a jovem de 18 anos que decide abandonar o colégio interno onde estuda para se juntar aos “homens austeros” que todos os dias rompem mar adentro sob condições adversas. Só que, de volta às suas origens rurais, Ruth acaba não só por se envolver a fundo nas disputas da sua comunidade como se apaixona por um jovem e atraente pescador.

Chancela: Bertrand Editora
352 Páginas
PVP: 17,95 €
Disponível a partir de 24 de Abril

Sobre Elizabeth Gilbert
Elizabeth Gilbert nasceu no Connecticut em 1969. É autora de Pilgrims, uma colecção de contos nomeada para o prémio PEN/Hemingway, de Stern Man e de The Last American Man, nomeado para o National Book Award e para o National Book Critics Circle. Trabalhou na revista GQ e foi nomeada três vezes para o prémio National Magazine pela peculiaridade da sua escrita. Vive em Nova Jérsia com o marido, e está a preparar o seu próximo livro, acerca do casamento.

Sobre "Filha do Mar"
«Embora Elizabeth Gilbert não seja a primeira autora a sugerir que as mulheres inteligentes têm muito a ensinar a homens austeros, consegue transmitir essa ideia com uma força crua.»
New York Times Book Review

«Este romance, divertido, inteligente e sábio, repleto de personagens bem desenvolvidas que são muito mais do que estereótipos excêntricos, coloca [Gilbert] na linha da frente dos autores a manter debaixo de olho.»
Seattle Times

«Belo, rude e muito divertido… Encontrar uma heroína austeniana num barco lagosteiro… é uma das [suas] muitas delícias.»
Mirabella

«Um maravilhoso primeiro romance sobre a vida, o amor e a pesca da lagosta… Homens Austeros é entretenimento ao mais alto nível».
USA Today

terça-feira, 14 de abril de 2009

Câmara Municipal de Baião assinala centenário do nascimento de Soeiro Pereira Gomes

Soeiro Pereira Gomes nasceu a 14 de Abril de 1909 na freguesia de Gestaçô, concelho de Baião. Para assinalar o centenário de um dos escritores que marcou o Neo-Realismo literário, a Câmara Municipal de Baião vai prestar uma homenagem no próximo dia 25 de Abril.
A sua vida foi pautada pela defesa da melhoria das condições de vida das classes trabalhadoras.
A sua actividade repartiu-se pela escrita e pela militância no Partido Comunista Português, ao serviço do qual passou à clandestinidade.
São as diferentes facetas da vida do escritor a Câmara Municipal de Baião vai homenagear com uma sessão solene da Assembleia Municipal. Numa parceria entre a autarquia e os CTT, será apresentado um selo comemorativo do centenário de Soeiro Pereira Gomes.
Militante comunista desenvolveu uma sensibilidade social muito grande, que se reflectiu no seu trabalho, onde está sempre presente a denúncia das desigualdades e das injustiças.
A sede nacional do Partido Comunista Português em Lisboa, tem o seu nome (Edifício Soeiro Pereira Gomes), assim como a rua onde esta se situa.
Mas foi como escritor que se notabilizou. Com apenas 20 anos começou a publicar escritos no jornal «O Diabo», à época uma publicação progressista que contrastava no panorama cinzento das publicações censuradas pelo Fascismo.
Entre os seus trabalhos mais conhecidos destaca-se aquela que é considerada a sua obra-prima, “Esteiros”, e cuja primeira edição foi ilustrada pelo ex-secretário geral do PCP, Álvaro Cunhal. Trata-se de uma obra de profunda denúncia da injustiça e da miséria social, que conta a história de um grupo de crianças que desde cedo abandona a escola para trabalhar numa fábrica de tijolos.
Devido à condição de militante comunista, Soeiro Pereira Gomes passou à clandestinidade em 1945 para evitar a repressão do regime Salazarista, tendo continuado a desenvolver o seu trabalho militante até adoecer com tuberculose. Impedido, pela clandestinidade, de receber o tratamento médico que necessitava faleceu a 5 de Dezembro de 1949.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Autora de Nunca me Esqueças, Lesley Pearse vai estar em Portugal

Uma das mais estimadas romancistas do Reino Unido estará em Lisboa de 7 a 10 de Maio

“Uma das escritoras preferidas das leitoras inglesas.”
The Times

Traduzida para mais de trinta línguas e com cerca de três milhões de exemplares vendidos, Lesley Pearse tornou-se em Portugal um verdadeiro fenómeno de vendas, chegando a ultrapassar os 50 mil exemplares, com a publicação do seu romance Nunca Me Esqueças.

A própria vida da escritora é uma grande fonte de material para os seus romances, quer esteja a escrever sobre a dor do primeiro amor, crianças indesejadas e maltratadas, adopção, rejeição, pobreza ou vingança, uma vez que conheceu tudo isto em primeira mão. Ela é uma lutadora, e a estabilidade e sucesso que atingiu na sua vida deve-os à escrita. Com o apoio da editora Penguin, criou o Women of Courage Award para distinguir mulheres comuns dotadas de uma coragem extraordinária.

A verdade por detrás da ficção
A necessidade desesperada de amor e afecto enquanto era nova foi provavelmente a principal razão pela qual ela fazia más escolhas em relação a homens. Saltando de festa em festa nos animados anos 60, Lesley fez tudo – desde ama a coelhinha da Playboy até estilista de roupas. Casou pela primeira vez aos vinte anos – um casamento que durou pouco tempo – e, pouco depois, conheceu o seu segundo marido, John Pritchard, um trompetista de uma banda rock. Georgia, o seu primeiro romance, foi inspirado na sua vida com John, nas discotecas londrinas, em managers vigaristas e nos muitos músicos que ela conheceu na época, entre eles, David Bowie e Steve Marriott. A primeira filha de Lesley, Lucy, nasceu nesta altura, mas, devido ao estilo de vida errático de John e à presença de uma pequena criança, o casamento estava condenado ao fracasso e eles separaram-se quando Lucy tinha quatro anos.

Lesley Pearse vai estar disponível para entrevistas e marcará presença na Feira do Livro de Lisboa.
Sobre o livro
Naquele que seria o dia mais decisivo da sua vida, Mary – filha de humildes pescadores da Cornualha – traçou o seu destino ao roubar um chapéu.
O seu castigo: a forca.
A sua única alternativa: recomeçar a vida no outro lado do mundo.
Dividida entre o sonho de começar de novo e o terror de não sobreviver a tão dura viagem, Mary ruma à Austrália, à época uma colónia de condenados. O novo continente revela-se um enorme desafio onde tudo é desconhecido… como desconhecida é a assombrosa sensação de encontrar o grande amor da sua vida. Apaixonada, Mary vai bater-se pelos seus sonhos sem reservas ou hesitações. E a sua luta ficará para sempre inscrita na História.
Inspirada por uma excepcional história verídica, Lesley Pearse – a rainha do romance inglês – apresenta-nos Mary Broad e, com ela, faz-nos embarcar numa montanha-russa de emoções únicas e inesquecíveis.

A autora
A realidade ultrapassa muitas vezes a ficção e a vida de Lesley tem sido tão recheada de drama como os seus livros. Ela tinha três anos quando a mãe morreu em circunstâncias trágicas. Com o pai na Marinha, Lesley e o irmão mais velho passaram três anos em orfanatos sombrios antes de o pai voltar a casar com uma terrível ex-enfermeira do Exército. Lesley e o irmão regressaram a casa, acompanhados por duas crianças que foram depois adoptadas pelo pai e pela madrasta e por uma corrente constante de crianças, pois tornaram-se numa família de acolhimento. O impacto das constantes mudanças e da incerteza nos primeiros anos de vida de Lesley reflecte-se num dos temas mais recorrentes dos seus livros: o que acontece a quem sofre perdas emocionais durante a infância. Ela teve uma infância fora do vulgar e, em todos os seus livros, Lesley conseguiu conciliar a dor e a infelicidade das suas primeiras experiências com um talento único para contar histórias

Para mais informações sobre a autora pode consultar o site www.lesleypearse.com.

Uma Casa na Grécia - Rosie Thomas

Sinopse

O destino faz de nós o que somos, mas também pode impedir-nos de ser a pessoa que podíamos ter sido.

Escapando à devastação de um terramoto, Cary chega à ilha grega de Halemni e dá de caras consigo própria.
Ou antes Olivia, cuja semelhança é assustadora. Nesta nova vida Cary começa por encontrar a felicidade que nunca tivera. Não desde o dia em que a sua vida mudara. Agora libertara-se de tudo o que a relacionava com o passado. Estava tudo enterrado nas profundezas do terramoto. Ia começar de novo.

Olivia, por outro lado, era uma mulher acomodada. Depois de vários anos a viajar encontrara finalmente um lugar a que podia chamar "lar". A vida na ilha e a hospitalidade eram acolhedoras mas agora algo se tornara diferente. Seria pela chegada desta desconhecida? Havia alguma coisa estranha e desconfortável nesta mulher. Quem é Cary? Qual o seu passado? Porque se sente Olivia tão desconfortável na sua companhia? Olivia tenta controlar-se, mas não consegue deixar de sentir que a sua vida está a ser roubada. Uma luta entre duas mulheres por uma vida, e apenas uma pode vencer.


Editora: Saída de Emergência/2009

Formato: Capa mole

Dimensões: 16x23

Num. Páginas: 352

Géneros: Literatura Romântica

Preço: 18.85€


Excertos

“Estava morta e parecia-lhe agora mais viva do que alguma vez estivera.”

“A alquimia de Kitty era perturbadora. Podia vir de lado nenhum e não trazer nada com ela, e contudo parecia capaz de exercer influências para lá do que era razoável.”

“A paixão não segue regras sociais.”

“As aparências iludem. É possível mudar a forma como parecemos, mas não quem somos.”


Comentário

Será que um terramoto pode mudar completamente a vida de uma pessoa? Foi o que aconteceu com Cary, quando passava férias na Turquia para tentar esquecer um casamento falhado. E foi o que sucedeu com Olívia que vive numa pacata ilha grega, Halemni, com a sua família, marido, filhos e sogra.

O terramoto no mediterrâneo que afectou tanto a localidade de Branc, na Turquia, como a ilha grega Halemni, vai juntar estas duas inglesas, Cary e Olívia, e mudar-lhes completamente a forma de estarem na vida. Após o terramoto Cary é levada para a ilha grega onde conhece a sua conterrânea Olívia e a sua família. Como não traz consigo qualquer tipo de identificação, que ficou no hotel em ruínas na Turquia, decide mudar de identidade e, em consequência disso, de vida. Muda o seu nome para Kitty e nada fala da sua vida passada com Peter, seu marido que a deixou por uma vizinha recente. Olívia é também inglesa, mas que deixou a sua profissão de fotógrafa para se juntar a Xan, o seu marido grego. Por amor, mudou também ela a sua vida mundana, de aventuras, para se submeter completamente ao casamento com Xan e ao cuidar dos seus dois filhos. Olívia tornou-se numa mulher submissa e até conhecer Cary nunca colocou em dúvida a sua vida na ilha. No entanto, a vinda de uma conterrânea começou a colocar-lhe uma infinidade de dúvidas, desde a sua forma de viver, a sua submissão ao marido… Começa também a ter ciúmes da sua nova amiga, levando-a a querer que ela se vá embora da ilha. Kitty, por sua vez, não se quer ir embora porque é na ilha que se sente bem, que encontrou o seu eu.

Porém, a doença de Olívia faz com que Kitty se veja pressionada a sair da ilha grega, como que se esta fosse pequena demais para comportar duas pessoas tão parecidas. Para uma sobreviver a outra teria de desaparecer do mapa e foi isso que aconteceu.

Um livro que nos faz pensar nos passos que a nossa vida dá, e que tudo pode mudar dependendo de uma decisão que tomámos naquela hora. Se Cary, quando criança, não tivesse provocado um acidente que resultou na morte do irmão, provavelmente a sua vida seria completamente diferente, talvez um pouco semelhante à vida pacata, mas feliz, de Olívia. “A tua vida mudou no dia em que a estátua se virou sobre o teu irmãozinho. Tornaste-te a pessoa sobre quem a tragédia se abatera.”

Um livro para reflectir.


Classificação: 4/5

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Novidades Bertrand para Maio

Eis os títulos, da Bertrand, que vão estas nas livrarias já no próximo dia 8 de Maio:

O Fato Cinzento (Andrea Camilleri)
Andrea Camilleri nasceu em Porto Empedocle (Agrigento) no ano de 1925, mas vive há anos em Roma. Desde 1949 que trabalha como produtor e guionista, sobretudo de séries policiais. Com o passar dos anos, juntou a essa actividade a de escritor e tem publicado importantes obras de ficção passadas na Sicília. O seu grande êxito surgiu com a invenção do Comissário Montalbano e, desde então, tem conquistado os leitores de todo o mundo, quer com os romances históricos quer com os policiais e, mais recentemente, com incursões noutros géneros literários. "Um autor a ler antes de morrer", diz o Daily Telegraph.


O Fato Cinzento é um thriller sobre um alto funcionário da banca que se reforma e recebe três cartas anónimas. No primeiro dia em que não tem de ir trabalhar, este decide estudá-las. As duas primeiras datam de há décadas, mas a última é recente e insinua dúvidas acerca da fidelidade de Adele, a sua jovem e belíssima mulher. É Adele a protagonista deste romance, uma esplendorosa femme fatale que adora usar um fato cinzento, aparentemente casto. Um fato que tem para ela um profundo significado simbólico, que melhor seria nunca chegar a conhecer…


Os Anos de Sócrates
(Fernando Sobral)
Compilação das crónicas de Fernando Sobral no Jornal de Negócios. Prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa.


Julie & Julia
(Julie Powell)
À beira dos trinta, encurralada num desinteressante trabalho como secretária sem fim à vista e num minúsculo apartamento, Julie Powell resolve recuperar a sua vida, perdida num quotidiano monótono, através da culinária. Ao longo de um ano, experimenta cada uma das 524 receitas da lendária Julia Child. Gradualmente passando dos oeufs en cocotte ao bistek sauté au beurre, começa a perceber que aquele Projecto (acompanhado por blog) está a mudar a sua vida. A sua recompensa é não só um recém-adquirido respeito por fígado de porco e mioleira de vaca, mas uma vida inteiramente nova – e vivida com estilo e muito gosto.


Julie Powell nasceu e foi criada em Austin, no Texas, onde conheceu o marido, Eric. Depois de ter passado muito tempo em empregos temporários, agora escreve, de pijama, em Long Island City, Queens, onde partilha um apartamento numas águas furtadas com Eric; com o seu cão, Robert; com as suas gatas, Maxine, Lumi e Cooper; e com a sua cobra, Zuzu Marlene.


O Herdeiro de Sevenwaters
(Juliet Marillier)
Continuação da Trilogia Sevenwaters. Os senhores de Sevenwaters foram durante muito tempo guardiões de uma floresta vasta e misteriosa, um dos últimos refúgios do Tuatha De Danann. Os humanos e moradores de Otherworld existiam lá, lado a lado, separarados por um véu fino entre mundos e compartilhando uma confiança cautelosa. Mas tudo muda naquela primavera em que Aisling de Sevenwaters fica grávida. Com a mãe grávida, Clodagh teme o pior pois Aisling já ultrapassou a idade segura para uma gravidez. Além disso, o seu pai, Lorde Sean de Sevenwaters, enfrenta várias dificuldades como facções em guerra que ameaçam os seus domínios. Quando Aisling dá à luz um filho - um novo herdeiro para Sevenwaters - a responsabilidade de cuidar do jovem infante recai sobre Clodagh enquanto a sua mãe recupera. Só que um dia o pequeno desaparece do seu quarto... algo sobrenatural o leva dali, e para recuperar o irmão, Clodagh tem de entrar num universo sombrio e confrontar um príncipe poderoso que por lá reina. Uma guerreiro irá acompanhá-la nesta missão em que Clodagh terá a coragem de testar os seus limites.


Lady Jane: Rainha por Nove Dias
(Charles Edward)
Romance histórico (ou será thriller político ou ainda uma bonita história de amor?) em torno de Lady Jane, que foi rainha de Inglaterra apenas durante nove dias, não tendo sido coroada. Lady Jane subiu ao trono por desejo do Rei Eduardo VI, que a elevou a rainha em detrimento das suas duas meias-irmãs (Maria I e Isabel I). Contudo, acabou por ser retirada do trono por Maria I e depois condenada e executada por traição. É sobre ela e sobre a Inglaterra do século XVI que se centra este livro de Charles Edward.


E a sair dia 22 de Maio ...

Testemunhos da China (Xinram)
Durante mais de 20 anos, a autora compilou uma lista de pessoas com histórias fascinantes para descobrir. Nos últimos anos, viajou pela China com uma equipa de filmagens para as entrevistar. A maior parte dos entrevistados foram pessoas na casa dos 70 ou mais anos, orgulhosos, trabalhadores e, muitas vezes, vivendo na pobreza e representam uma ampla amostra da cultura chinesa: pioneiros que construíram a noroeste a cidade bastião de Shihezi, marido e mulher que participaram nas primeiras brigadas de prospecção de petróleo, uma mulher general, um polícia aposentado, uma testemunha da Longa Marçha de 1936 e alguns artistas, todos transmitem a sua visão da China. Em cada entrevista, Xinran procura responder a uma pergunta essencial: "Porque é que os chineses acham tão difícil falar francamente sobre si próprios?" Os entrevistados contam-nos as incríveis dificuldades passadas durante a Revolução Cultural, quando famílias inteiras foram vítimas da fome, as escolas foram fechadas e as pessoas foram sendo normalmente denunciadas, como foi o caso da famosa heroína da revolução conhecida como a Mulher “Double-Gun”, cujo genro Xinran localizou. As mães, em especial, fizeram sacrifícios enormes, mas essa geração foi muitas vezes forçada a delegar a educação dos seus filhos noutras pessoas e muitos entrevistados expressam uma culpa terrível por esse abandono. Xinran introduz-se suavemente nos entrevistados, incentivando-os a falar honestamente e indagando permanentemente se eles compartilham as suas histórias com os filhos. A maioria não o faz, porque entendem que estes estão mais interessados em fazer dinheiro do que em reviver a história familiar.

Ricas e cativantes, as entrevistas de Xinran são uma valiosa história social que os livros de estudo normalmente não revelam


Vasto Mar de Sargaços
(Jean Rhys)
Jean Rhys é o pseudónimo de Ella Gwendolyn Rees Williams, nascida na Dominica em 1890, filha de um médico galês e de uma mãe crioula branca. Aos 16 anos foi para Inglaterra, onde foi manequim, modelo e rapariga de coro. Começou a escrever em Paris, aos 30 anos, quando o primeiro dos seus três casamentos terminou.


No livro, Antoinette Cosway é uma herdeira crioula nascida numa sociedade colonialista e opressiva. Conhece um jovem inglês que logo se deixa fascinar pela sua sensualidade e beleza, mas depois do casamento começam a circular estranhos rumores, que o envenenam contra ela. Apanhada entre as exigências dele e a sua própria sensação de precária pertença, Antoinette é levada à loucura. Inspirado pelo livro Jane Eyre, de Charlotte Bronte, tem como cenário a paisagem exótica da Jamaica dos anos 30. Tornou-se um clássico da literatura do século XX e foi adaptado ao cinema.


O Homem de Sampetersburgo
(Ken Follett)
Segundo o jornal Times, com este livro estamos perante "o melhor de Follett".
Sinopse: chamava-se Feliks e foi para Londres com o intuito de cometer um crime que haveria de mudar o curso da História. Eram muitas as armas que este mestre da manipulação tinha nas suas mãos, mas as mais perigosas eram o amor de uma mulher inocente e a paixão insaciável de outra. Contra si ergueram-se as forças policiais britânicas, um lorde abastado e influente e o jovem Winston Churchil. Qualquer homem teria sido detido, com excepção do homem de Sampetersburgo…


De Alma e Coração
(Maeve Binchy)
De Alma e Coração é um best-seller internacional. Trata da história de Clara Casey e da sua luta por uma causa superior. Clara Casey tem muito com que se ocupar. A sua filha Adi vive numa eterna luta contra ou a favor de alguma causa: o ambiente, as baleias ou a criação de animais ao ar livre. Linda, a outra filha, experimenta uma sequência de relações falhadas. Além disso, Clara tem vindo a receber uma indesejada atenção por parte do ex-marido e confiaram-lhe a inglória tarefa de montar uma clínica com escassos fundos.

Não tarda contudo a que aquela clínica se torne um elemento essencial da comunidade, trazendo para o local novas pessoas, com as suas histórias e os seus sonhos.

Com a astúcia, o humor e a compaixão a que nos habituou, Maeve Binchy traz-nos uma história de família, amigos, médicos e pacientes – todos eles parte de uma comunidade num momento de transição.


Maeve Binchy nasceu numa vila perto de Dublin, um cenário a que recorre frequentemente para criar os ambientes dos seus romances. Foi professora e trabalhou em Israel, tendo morado num kibbutz. Durante esse período escrevia ao pai todas as semanas, descrevendo um país à beira da guerra, e o pai enviou certa vez uma dessas cartas ao Irish Times, que lhe pagou para a publicar. Viria a tornar-se mais tarde a correspondente do jornal em Londres.
Desde então, o êxito de Maeve Binchy tem sido surpreendente. Tem publicado contos, peças de teatro e um guião para televisão, mas é mais conhecida pelos seus romances, que lhe conquistaram o reconhecimento internacional.


Voltarei para te Procurar
(Guillaume Musso)
Guillaume Musso dispensa apresentações. Em linha com os seus livros anteriores, em Voltarei para te Procurar há três personagens à beira do abismo, um homem, uma mulher, uma criança: Ethan, Céline, Jessie. Que se vão encontrar, destruir-se e amar-se. Terão também eles ultrapassado o ponto de não retorno?

Resta-lhes 24 horas para mudar as suas vidas.

Mas será que o amor pode vencer a morte?…


O Servo de Deus
(Aquilino Ribeiro)