segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Bertrand publica “As Confissões de Nat Turner”

Além de “Netherland – Terra de Sombras”, que o presidente americano Barack Obama classificou como «maravilhoso», já chegou também às livrarias nacionais “As Confissões de Nat Turner”, vencedor do Pulitzer Prize em 1968.

Título: As Confissões de Nat Turner
Autor: William Styron
Chancela: Bertrand Editora
N.º de Páginas: 384
P.V.P.: €17,00

“As Confissões de Nat Turner” narra a história de Nat, um escravo americano que liderou a rebelião de escravos em Southampton County, na Vírgina, o único marco da luta contra a escravatura no Sul do Estados Unidos na pré-Guerra da Secessão.
O massacre metódico de civis brancos que levou a cabo durante a insurreição tornam o seu legado controverso, mas ainda é considerado por muitos como um herói da resistência negra contra a opressão.
A revolta durou apenas 48 horas, mas Nat conseguiu fugir até que mais tarde foi capturado e levado a julgamento. Julgado e condenado, foi enforcado em Novembro de 1831. As suas memórias, ditadas aos guardas, foram publicadas a seguir à sua morte pelo seu advogado, Thomas Ruffin Gray.
Foi com base nelas que William Styron criou este romance, uma narrativa contada na primeira pessoa sobre um homem que, da sua história trágica de frustração, humilhações e esperança, se ergue para destruir aqueles que subjugam o seu povo, sentindo-se incumbido por ordem divina da destruição de todos os brancos da região.
As Confissões de Nat Turner é uma obra literária ambiciosa e impressionante, entretanto distinguida com o Prémio Pulitzer.

Sobre William Styron
William Styron nasceu em 1925, na Virgínia. Já quase no final da Segunda Guerra Mundial, Styron alistou-se nos Marines, mas a rendição do Japão fez com que nem sequer chegasse a sair de São Francisco.
Depois de se formar em 1947, foi trabalhar como editor em Nova Iorque. O seu primeiro romance, publicado em 1951, trouxe-lhe a aceitação da crítica e o primeiro de muitos prémios literários.
Em 1967, a publicação de “As Confissões de Nat Turner” fez com que fosse alvo de violentas críticas por parte de intelectuais negros e acusado de racismo, o que não o impediu de receber o prémio Pulitzer de Ficção no ano seguinte.
Mais tarde viria a escrever “A Escolha de Sofia”, vencedor do National Book Award em 1980 e um sucesso de vendas, e que deu origem ao filme homónimo com Meryl Streep no papel de Sofia. Morreu em 2006, vítima de pneumonia.

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