quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A Arte de Matar – Jonathan Santlofer


Sinopse:
Há muito que Kate McKinnon trocou o seu trabalho como detective da Polícia de Nova Iorque pela sua paixão pela história da arte. Mas quando uma pintura que doara ao Museu Modernista aparece vandalizada e outros crimes relacionados, incluindo homicídio, se sucedem, Kate sabe que pode combinar a sua experiência e os seus conhecimentos de ambos os mundos para ajudar a descobrir quem é o responsável. A Arte de Matar inclui ilustrações do autor que traçam um percurso de crescente suspense e que, combinadas com um enredo que retrata o submundo do meio artístico nova-iorquino, criam um novo thriller magistral.Jonathan Santlofer é um artista plástico muito conhecido e respeitado cujos trabalhos se encontram expostos, entre outros, no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, e no Institute of Contemporary Art, em Tóquio. Um incêndio numa galeria de arte em Chicago há alguns anos destruiu-lhe um grande número de obras, o que o levou a procurar refúgio criativo na escrita. Actualmente é considerado um dos escritores mais inventivos e originais do género e os seus livros encontram-se publicados em treze países.

Comentários:

Maria Manuela

Ok, eu confesso que a outra Maria já terminou de ler o livro há dez dias e que esteve a aguardar que eu terminasse para apresentar o seu comentário juntamente com o meu. Ela ADORA este género de literatura e, a mim, também não me desagrada de todo.

“A arte de matar” revelou-se um livro bem interessante com uma componente histórica em termos do mundo da Pintura bastante forte. Trata-se de uma história que parte de factos reais, como a existência da Escola de Nova Iorque, e que com o constante desenrolar dos acontecimentos prende o leitor.
Kate McKinnon pretendia escrever um livro sobre essa Escola e, de um momento para o outro, vê-se envolvida num novo processo policial envolto de roubos e crimes ligados ao mundo artístico.
Inicialmente, o objectivo do “Esfaqueador” passava apenas por destruir algumas obras dos pintores da Escola de Nova Iorque, mas depressa, as vítimas passaram a ser também os compradores e os autores dessas obras.
Trata-se de um livro que possui um enredo bem delineado, bem conseguido e com um final surpreendente em que, a cada momento, o leitor julga que já descobriu quem é o culpado. Mas, logo um novo facto surge ou acontece e tudo muda.
De referir que as imagens que ao longo do livro vão ilustrando a história, tornam-na ainda mais enriquecedora e cativante.
O envolvimento de Kate McKinnon na investigação policial teve que ser conciliado com a confusão de sentimentos que vivia na altura devido ao falecimento do marido Richard, também ele um apreciador de arte.
Este foi o primeiro livro que li de Jonathan Santlofer confesso que gostei.

Quanto à outra Maria, peço-te desculpa por ter demorado tanto tempo a terminar a minha leitura do livro.
Prometo que numa próxima leitura conjunta vou tentar ser mais célere :)

Maria Manuel
Kate Mckinnon há muito tempo que se tinha afastado do seu trabalho na polícia de Nova Iorque. Mas depois de um misterioso caso de destruição de uma tela de Willem de Kooning, que tinha doado ao Museu Modernista, e outra de Franz Kline, propriedade dos amigos Nicholas e Marci Starrett, muda de ideias e decide fazer parte da investigação. A destruição do quadro de Franz Kline faria ainda uma vítima, Nicholas Starret, que apanhara o criminoso em flagrante delito.
Assim, deixa a pacata vida de historiadora de arte, apresentadora de um programa na televisão e escritora, e passa a fazer parte da equipa de investigação.
A arte como pano de fundo, artistas da Escola de Nova Iorque, como Jackson Pollock, Franz Kline, Gorky, Philip Zander, Kate começa a desvendar o misterioso criminoso. Primeiro descobre que os assassinatos e destruição das telas estão todos relacionados com a Escola de Nova Iorque, o mais importante grupo americano expressionista abstractos, curiosamente o grupo sobre o qual ela própria estava a escrever. Depois constata que antes do acto, o criminoso enviava telas com pistas sobre as suas próximas vítimas.
Não li a Anatomia do Medo, um livro bastante publicitado e do mesmo autor, mas fiquei com uma grande curiosidade de ler mais sobre Jonathan Santlofer. A sua escrita é bastante interessante e a ideia de colocar os esboços das telas sobre as quais incide a investigação é bastante original e dá mais fôlego à trama.
Maria estás perdoada :) A leitura deve ser feita com calma e quando nos dá prazer. Além disso, de certeza que tive mais tempo para o ler do que tu. Outras leituras virão.
Classificação: 4/5

8 Comments:

Marta said...

não conhecia e fiquei com vontade de ler. obrigada Marias, lindas :)

CICL said...

Achei muito interessante fazeram os comentários em conjunto!

flicka said...

Gostei ler a vossa opinião. Não sou uma grande apreciadora de livros policiais, embora já tenha lido alguns, como os da Mary Higgins Clark, e tenha gostado. A vossa opinião suscitou-me alguma curiosidade e gostava de o experimentar para variar...
Boas leituras!

Maria Manuel Magalhães said...

Eu gosto muito de policias. Desde muito nova comecei com Agatha Christie e o bichinho dos policiais nasceu e cresceu bem depressa. Infelizmente é tida como uma escrita menor, embora eu não concorde absolutamente nada.
A ideia de fazermos os comentários em conjunto surgiu da oportunidade de termos participado as duas num passatempo da revista Maxmen e, por uma mera sorte, termos ganho as duas.
:)
Foi uma experiência engraçada e queremos repeti-la.

Alice said...

olá Marias!!
as manas têm algo para vocês lá no blog...
bjs e boas leituras

Rock In The Attic said...

Eu sou viciada em policiais e já estive com este na mão, por diversas vezes. Agora, com os vossos comentários, fiquei convencida a comprá-lo.

Catherine said...

também adoro policiais e este pode ser o próximo alvo! ;P

gostava de perguntar à Maria Manuel se tem alguns policiais que recomende vivamente. :)

eu atrevo-me a sugerir Tess Gerritsen que é óptima ( 'O cirurgião', por exemplo), Konsalik ('Convés Promenade'), John Le Carré ('O Espião que saiu do frio'). Todos muito diferentes mas todos óptimos.

beijinho,

Catherine

Maria Manuel Magalhães said...

Catherine dos aurores que mencionaste gosto particularmente de Tess Gerritsen (li todos os livros dela editados em Portugal). Do círculo de leitores conheci também Lisa Gardner (a escrita é muito semelhante à de Tess), mas gosto também da rainha do suspense Agatha Christie e Patricia D. Cornwell.