Soeiro Pereira Gomes nasceu a 14 de Abril de 1909 na freguesia de Gestaçô, concelho de Baião. Para assinalar o centenário de um dos escritores que marcou o Neo-Realismo literário, a Câmara Municipal de Baião vai prestar uma homenagem no próximo dia 25 de Abril.
A sua vida foi pautada pela defesa da melhoria das condições de vida das classes trabalhadoras.
A sua actividade repartiu-se pela escrita e pela militância no Partido Comunista Português, ao serviço do qual passou à clandestinidade.
São as diferentes facetas da vida do escritor a Câmara Municipal de Baião vai homenagear com uma sessão solene da Assembleia Municipal. Numa parceria entre a autarquia e os CTT, será apresentado um selo comemorativo do centenário de Soeiro Pereira Gomes.
Militante comunista desenvolveu uma sensibilidade social muito grande, que se reflectiu no seu trabalho, onde está sempre presente a denúncia das desigualdades e das injustiças.
A sede nacional do Partido Comunista Português em Lisboa, tem o seu nome (Edifício Soeiro Pereira Gomes), assim como a rua onde esta se situa.
Mas foi como escritor que se notabilizou. Com apenas 20 anos começou a publicar escritos no jornal «O Diabo», à época uma publicação progressista que contrastava no panorama cinzento das publicações censuradas pelo Fascismo.
Entre os seus trabalhos mais conhecidos destaca-se aquela que é considerada a sua obra-prima, “Esteiros”, e cuja primeira edição foi ilustrada pelo ex-secretário geral do PCP, Álvaro Cunhal. Trata-se de uma obra de profunda denúncia da injustiça e da miséria social, que conta a história de um grupo de crianças que desde cedo abandona a escola para trabalhar numa fábrica de tijolos.
Devido à condição de militante comunista, Soeiro Pereira Gomes passou à clandestinidade em 1945 para evitar a repressão do regime Salazarista, tendo continuado a desenvolver o seu trabalho militante até adoecer com tuberculose. Impedido, pela clandestinidade, de receber o tratamento médico que necessitava faleceu a 5 de Dezembro de 1949.
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