Ao filósofo e escritor suíço Alain de Botton foi-lhe concedida autorização para, durante uma semana, viver no aeroporto londrino de Heathrow. O seu objectivo era escrever um livro que retratasse o dia-a-dia de um lugar central do mundo moderno, por onde todos transitam e por onde ninguém se detém.
O deslumbramento do escritor pelas grandes cidades, por lugares improváveis como empresas de distribuição alimentar ou call centers, já era público e espelhava-se em obras como “A Arte de Viajar”, “Arquitectura da Felicidade” ou “Pleasures and Sorrows of Work”, o seu último livro que ainda não foi publicado no nosso país.
Alain de Botton mudou-se literalmente para o aeroporto onde, numa secretária colocada no recinto das partidas, teve a possibilidade de presenciar, dialogar, analisar e escrever sobre a vida daquela infra-estrutura e de todos os que quotidianamente a cruzam. As cidades, as viagens, os edifícios e as vivências psicológicas e sociais que os seres humanos induzem são algumas das temáticas preferidas do autor do best-seller “Como Proust pode mudar a sua vida”.
O novo livro de Alain de Botton será publicado, em Setembro próximo, pela Profile Books e serão oferecidos cerca de dez mil exemplares aos passageiros. Resta saber se será traduzido e editado no nosso país.
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