quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A Virgem - Luís Miguel Rocha

Título: A Virgem
Autor: Luís Miguel Rocha
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 250
Editor: Mill Books

Sinopse:
A Virgem dá-nos conta do Portugal moribundo no tempo do Estado Novo, mais precisamente na década de trinta. Um país suspenso no tempo, deslumbrado com o estrangeiro, pobre em recursos e ideias. Centrado numa família privilegiada, outras famílias se lhe juntam. Assistimos aos seus ódios, amores, perdas e cumplicidades num enredo em que o trágico e o absurdo se cruzam. Numa intriga cheia de humor, através do olhar lúcido do narrador, são desmascaradas situações gritantes de injustiça e de exploração em que o abuso de poder de alguns grupos privilegiados se passeia livremente por um país sonâmbulo e decadente com a cumplicidade silenciosa da Igreja.

A minha opinião
Completamente diferente das obras a que nos habituou, (O último Papa e Bala Santa), Luís Miguel Rocha apresenta-nos o livro “A Virgem” que, segundo o próprio, foi escrito aos 16 anos, influenciado pela leitura de Memorial do Convento de José Saramago. Gostei deste livro A Virgem, embora deva confessar que fiquei à espera de mais. No fim da obra pareceu-me que ficou algo por dizer, que ficou algo incompleto da estória dos Silveira, sobretudo da sua filha mais nova, Mariana, ainda bebé e por quem começou toda a trama, nos idos anos de 1933. As “guerras” entre republicanos e monárquicos é aqui relatada, assim como a adulação que os portugueses sentiam pelo jovem Oliveira Salazar e pelo Cardeal Cerejeira, personalidades importantes naquele época e que viriam a sê-lo por muitos anos. A diferença acentuada das classes sociais também é relevante para percebermos a estória, que me deixou com vontade de ler mais. Espero que Luís Miguel Rocha se decida, brevemente, por dar continuidade à mesma.

Classificação: 3/5

1 Comment:

Hagna said...

Sinceramente não gostei nada do "Último Papa" e acho que não vou voltar a ler livros do Luís Miguel Rocha. Desculpe quem gosta, e desculpe o autor mas, embora a história seja, na sua essencia, boa e até interessante, a maneira de escrever dele é tão pretensiosa que, a mim, me cheira a falso. Gosto de livros e autores que "são" e não "que queriam ser". Desculpem a opinião sincera.
Beijinhos ;)