Título: Fúria Divina
Autor: José Rodrigues dos Santos
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 608
Editor: Gradiva Publicações
Sinopse
Uma mensagem secreta da Al-Qaeda faz soar as campainhas de alarme em Washington. Seduzido por uma bela operacional da CIA, o historiador e criptanalista português Tomás Noronha é confrontado em Veneza com uma estranha cifra: 6AYHAS1HA8RU. Ahmed é um menino egípcio a quem o mullah Saad ensina na mesquita o carácter pacífico e indulgente do islão. Mas nas aulas da madrassa aparece um novo professor com um islão diferente, agressivo e intolerante. O mullah e o novo professor digladiam-se por Ahmed e o menino irá fazer uma escolha que nos transporta ao maior pesadelo do nosso tempo. Baseando-se em informações verídicas, José Rodrigues dos Santos confirma-se nesta obra surpreendente como o mestre dos grandes temas contemporâneos. Mais do que um empolgante romance, Fúria Divina é um impressionante guia que nos orienta pelo labirinto do mundo e nos revela os tempos em que vivemos. Este romance foi revisto por um dos primeiros operacionais da Al-Qaeda.
A minha opinião
“O valor de um livro está no gosto que nós temos de o ler”, disse José Rodrigues dos Santos numa entrevista recentemente.
E foi com muito gosto que li o seu novo romance, desta vez centrado na Al-Qaeda.
Desta vez Tomás de Noronha, que o autor confessou ter a cara de Paulo Pires, terá de desvendar um estranho código que apareceu num email enviado por fundamentalistas islâmicos, interceptado em Lisboa.
Ao contrário de outros romances, neste não é a CIA que o procura, mas o NEST (Nuclear Emergency Search Team), unidade de resposta rápida, criada pelos EUA em meados da década de 1970 para lidar com contingências especiais.
O que o NEST teme é que surja um outro tipo de terrorismo: o terrorismo nuclear.
Ao mesmo tempo, é-nos dada a conhecer a história de Ahmed, natural do Egipto, que desde os 7 anos começa a aprender aprofundadamente o Alcorão, o que vai fazer dele um fundamentalista, trazendo-o para o nosso país, para tirar o curso de engenharia. Sem que saiba, o destino de Tomás vai cruzar-se com Ahmed na Universidade Nova de Lisboa, a quem dá aulas de Línguas Antigas. No entanto, e como bom crente que é, Ahmed cedo é destacado para o Afeganistão onde conhece Bin Laden, aos 32 anos, e depois do ataque às Torres Gémeas, a 11 de Setembro de 2001. É nessa altura que Bin Laden lhe faz um estranho pedido…
Este romance explica de forma bastante explícita o que são as leis do Alcorão, e que o projecto principal do Islão é conquistar o Planeta. José Rodrigues dos Santos relata ainda como é a comunidade islâmica em Portugal, a maioria vinda das antigas colónias portuguesas, e que vive de forma pacífica no nosso país.
Mais um bom livro a destacar aos que li este ano.
Excertos:
“Todos os estudos mostram que os terroristas em geram são pessoas com uma educação acima da média, a maior parte das vezes de nível universitário. O perfil do terrorista islâmico não é excepção. É verdade que alguns são pobres e incultos, mas a maioria frequentou ou tirou cursos superiores e há até vários casos de pessoas ricas. Bin Laden, por exemplo, é milionário!”
“Os muçulmanos ocuparam grande parte da Península Ibérica entre 711 e 1492. Quando eu estava na Universidade de Al-Azhar, no Cairo, ouvi alguns fundamentalistas falarem nostalgicamente no Al-Andalus e na necessidade de o Islão recuperar a Península Ibérica.”
“A Al-Qaeda acredita que toda a terra que foi muçulmana tem de voltar a ser muçulmana.”
Sobre a comunidade islâmica em Portugal - “A maior parte veio de Moçambique, é gente que ocupa lugares de relevo na sociedade portuguesa e, quando falamos entre nós, a questão da religião nem sequer se põe.”
“No Ocidente é apenas apresentada uma versão cristianizada do Islão, havendo sempre o cuidado de eliminar todos estes pormenores que nos poderão chocar e alienar. Está a ver Jesus mandar cortar as cabeças de pessoas e a dizer a condenados que quem vai tratar dos seus filhos será o Inferno e a vangloriar-se perante a cabeça decepada de um inimigo? Isto é chocante para nós e é por isso que estes pormenores não nos são revelados!”
Classificação: 5/5
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Fúria Divina - José Rodrigues dos Santos
Publicada por Maria Manuel Magalhães à(s) 19.11.09
Etiquetas: José Rodrigues dos Santos
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3 Comments:
Oi Maria!
Já estou ansiosa para ler algo desse autor que está sendo muito bem recomendado por muitas pessoas!!
Bjs
Que legal, adoro livros com esse tema!
beijos
TÁCTICAS ISLÂMICAS DE ONTEM… E DE HOJE
No local internético Gates of Viena, bastião de divulgação de notícias e mensagens de relevância para a salvaguarda do Ocidente (Gates of Viena ou Portões de Viena de Áustria foi onde a horda invasora turca foi travada e derrotada), publicou recentemente um artigo, da autoria de um dos seus colaboradores flamengos, em que se observa uma inquietante e esclarecedora semelhança entre o que o Islão fez na Índia e que está a fazer agora na Europa. O flamengo estabelece uma comparação entre os actuais acontecimentos em solo ocidental e aquilo que o nacionalista hindu Sita Ram Goel descreve, atenção, em 1981, no capítulo 2 da sua obra «Hindu Society under Siege» ou «Sociedade Hindu Sob Cerco», bem antes da grande iminvasão islâmica da Europa, quando ainda os Europeus contemporâneos mal sabiam o que era isso.
Pegou no texto de Ram Goel e substituiu «Índia» por «Europa»; eu todavia prefiro colocar aqui o texto original de Ram Goel (tradução, toda a itálico), para que se veja até que ponto se observa a similitude entre o que os muçulmanos faziam na Índia desde há catrefas de anos e o que fazem agora na Europa – há todo um padrão de actuação:
1. Os muçulmanos da Índia, particularmente a inteligência muçulmana, devem ser afastados de toda e qualquer sombra de racionalismo, universalismo, humanismo e liberalismo, e um exército de mulás e de maulvis treinado nos ditames do Islão deve actuar para fazer a lavagem cerebral e manter os muçulmanos no caminho certo;
2. Todo e qualquer muçulmano que não aceite o Islamismo ou se atreva a criticá-lo ou se ponha ao lado do nacionalismo indiano, afastando-se das diferenças religiosas, deve ser denunciado como um renegado e ser considerado como vítima legítima de populaças muçulmanas assassinas;
Mais:
http://gladio.blogspot.com/2009/11/tacticas-islamicas-de-ontem-e-de-hoje.html
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