quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Fúria Divina - José Rodrigues dos Santos

Título: Fúria Divina
Autor: José Rodrigues dos Santos
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 608
Editor: Gradiva Publicações

Sinopse
Uma mensagem secreta da Al-Qaeda faz soar as campainhas de alarme em Washington. Seduzido por uma bela operacional da CIA, o historiador e criptanalista português Tomás Noronha é confrontado em Veneza com uma estranha cifra: 6AYHAS1HA8RU. Ahmed é um menino egípcio a quem o mullah Saad ensina na mesquita o carácter pacífico e indulgente do islão. Mas nas aulas da madrassa aparece um novo professor com um islão diferente, agressivo e intolerante. O mullah e o novo professor digladiam-se por Ahmed e o menino irá fazer uma escolha que nos transporta ao maior pesadelo do nosso tempo. Baseando-se em informações verídicas, José Rodrigues dos Santos confirma-se nesta obra surpreendente como o mestre dos grandes temas contemporâneos. Mais do que um empolgante romance, Fúria Divina é um impressionante guia que nos orienta pelo labirinto do mundo e nos revela os tempos em que vivemos. Este romance foi revisto por um dos primeiros operacionais da Al-Qaeda.

A minha opinião

“O valor de um livro está no gosto que nós temos de o ler”, disse José Rodrigues dos Santos numa entrevista recentemente.
E foi com muito gosto que li o seu novo romance, desta vez centrado na Al-Qaeda.
Desta vez Tomás de Noronha, que o autor confessou ter a cara de Paulo Pires, terá de desvendar um estranho código que apareceu num email enviado por fundamentalistas islâmicos, interceptado em Lisboa.
Ao contrário de outros romances, neste não é a CIA que o procura, mas o NEST (Nuclear Emergency Search Team), unidade de resposta rápida, criada pelos EUA em meados da década de 1970 para lidar com contingências especiais.
O que o NEST teme é que surja um outro tipo de terrorismo: o terrorismo nuclear.

Ao mesmo tempo, é-nos dada a conhecer a história de Ahmed, natural do Egipto, que desde os 7 anos começa a aprender aprofundadamente o Alcorão, o que vai fazer dele um fundamentalista, trazendo-o para o nosso país, para tirar o curso de engenharia. Sem que saiba, o destino de Tomás vai cruzar-se com Ahmed na Universidade Nova de Lisboa, a quem dá aulas de Línguas Antigas. No entanto, e como bom crente que é, Ahmed cedo é destacado para o Afeganistão onde conhece Bin Laden, aos 32 anos, e depois do ataque às Torres Gémeas, a 11 de Setembro de 2001. É nessa altura que Bin Laden lhe faz um estranho pedido…

Este romance explica de forma bastante explícita o que são as leis do Alcorão, e que o projecto principal do Islão é conquistar o Planeta. José Rodrigues dos Santos relata ainda como é a comunidade islâmica em Portugal, a maioria vinda das antigas colónias portuguesas, e que vive de forma pacífica no nosso país.
Mais um bom livro a destacar aos que li este ano.

Excertos:
“Todos os estudos mostram que os terroristas em geram são pessoas com uma educação acima da média, a maior parte das vezes de nível universitário. O perfil do terrorista islâmico não é excepção. É verdade que alguns são pobres e incultos, mas a maioria frequentou ou tirou cursos superiores e há até vários casos de pessoas ricas. Bin Laden, por exemplo, é milionário!”

“Os muçulmanos ocuparam grande parte da Península Ibérica entre 711 e 1492. Quando eu estava na Universidade de Al-Azhar, no Cairo, ouvi alguns fundamentalistas falarem nostalgicamente no Al-Andalus e na necessidade de o Islão recuperar a Península Ibérica.”

“A Al-Qaeda acredita que toda a terra que foi muçulmana tem de voltar a ser muçulmana.”

Sobre a comunidade islâmica em Portugal - “A maior parte veio de Moçambique, é gente que ocupa lugares de relevo na sociedade portuguesa e, quando falamos entre nós, a questão da religião nem sequer se põe.”

“No Ocidente é apenas apresentada uma versão cristianizada do Islão, havendo sempre o cuidado de eliminar todos estes pormenores que nos poderão chocar e alienar. Está a ver Jesus mandar cortar as cabeças de pessoas e a dizer a condenados que quem vai tratar dos seus filhos será o Inferno e a vangloriar-se perante a cabeça decepada de um inimigo? Isto é chocante para nós e é por isso que estes pormenores não nos são revelados!”

Classificação: 5/5

3 Comments:

Bia said...

Oi Maria!
Já estou ansiosa para ler algo desse autor que está sendo muito bem recomendado por muitas pessoas!!

Bjs

Carla Martins said...

Que legal, adoro livros com esse tema!

beijos

Anónimo said...

TÁCTICAS ISLÂMICAS DE ONTEM… E DE HOJE
No local internético Gates of Viena, bastião de divulgação de notícias e mensagens de relevância para a salvaguarda do Ocidente (Gates of Viena ou Portões de Viena de Áustria foi onde a horda invasora turca foi travada e derrotada), publicou recentemente um artigo, da autoria de um dos seus colaboradores flamengos, em que se observa uma inquietante e esclarecedora semelhança entre o que o Islão fez na Índia e que está a fazer agora na Europa. O flamengo estabelece uma comparação entre os actuais acontecimentos em solo ocidental e aquilo que o nacionalista hindu Sita Ram Goel descreve, atenção, em 1981, no capítulo 2 da sua obra «Hindu Society under Siege» ou «Sociedade Hindu Sob Cerco», bem antes da grande iminvasão islâmica da Europa, quando ainda os Europeus contemporâneos mal sabiam o que era isso.
Pegou no texto de Ram Goel e substituiu «Índia» por «Europa»; eu todavia prefiro colocar aqui o texto original de Ram Goel (tradução, toda a itálico), para que se veja até que ponto se observa a similitude entre o que os muçulmanos faziam na Índia desde há catrefas de anos e o que fazem agora na Europa – há todo um padrão de actuação:
1. Os muçulmanos da Índia, particularmente a inteligência muçulmana, devem ser afastados de toda e qualquer sombra de racionalismo, universalismo, humanismo e liberalismo, e um exército de mulás e de maulvis treinado nos ditames do Islão deve actuar para fazer a lavagem cerebral e manter os muçulmanos no caminho certo;
2. Todo e qualquer muçulmano que não aceite o Islamismo ou se atreva a criticá-lo ou se ponha ao lado do nacionalismo indiano, afastando-se das diferenças religiosas, deve ser denunciado como um renegado e ser considerado como vítima legítima de populaças muçulmanas assassinas;
Mais:
http://gladio.blogspot.com/2009/11/tacticas-islamicas-de-ontem-e-de-hoje.html