sexta-feira, 12 de março de 2010

Patrick McGrath, autor de Spider regressa com Trauma

Título: Trauma
Autor: Patrick McGrath

Chancela: Bertrand Editora
N.º de Páginas: 208
PVP: 15,90 €
Tradução: Vasco Teles de Menezes
Disponível a partir de 12 de Março


O autor de Spider, Patrick McGrath, “exímio contador de histórias” (segundo o San Francisco Chronicle), está de volta. Entre o registo intimista do romance e o thriller, Trauma parece ser o trabalho mais viciante do autor até ao momento. Verdadeiro thriller psicológico, Trauma é uma experiência inquietante e ao mesmo tempo perturbadora e fascinante. Inquietante porque descreve mortes terríveis, sonhos alarmantes e premonições, perturbador na medida em que estranhas coincidências podem ser fruto da paranóia ou de conspirações misteriosas e fascinante porque os segredos da alma se encontram, afinal, onde menos se espera.

Finalista do Costa Award, Trauma tem como personagem principal um psiquiatra, Charlie Weir, que ganha a vida enfrentando os demónios dos outros. Contudo, Weir ainda não conseguiu resolver os conflitos no interior da sua própria família e nunca foi capaz de ultrapassar o terrível erro que o fez perder a mulher e a filha. Nora traz-lhe a promessa de uma nova vida, mas nada é bem aquilo que parece ser. Perseguido pelos fantasmas da sua infância, tenta escapar ao caos em que a sua vida se transformou, mas, ao fazê-lo, começa a desenterrar segredos terríveis acerca de si próprio.

Sobre o autor:
Patrick McGrath é autor de uma colecção de contos e de seis romances anteriores a este. O seu livro mais recente foi Ghost Town, uma colecção de contos sobre Nova Iorque. Spider foi adaptado ao cinema, em 2002, pelo aclamado realizador David Cronenberg. Patrick McGrath vive em Londres e em Nova Iorque.

domingo, 7 de março de 2010

Depois da estreia no grande ecrã a estreia nas livrarias nacionais: "Uma Outra Educação"

Título: Uma Outra Educação
Autor: Lynn Barber
Chancela: Bertrand Editora
N.º de Páginas: 192
PVP: 15,90 €
Tradução: Ester Cortegano
Disponível a partir de 5 de Março


Sinopse:
Os meus pais tinham sido educados como Metodistas, mas, quando me tiveram, a sua religião era educação, educação, educação. Fui criada desde o berço para passar todos os exames possíveis, ganhar todas as bolsas de estudo possíveis, e ir para a Universidade – Cambridge se fosse inclinada para as matemáticas como o meu pai, ou Oxford se me provasse “artística” como a minha mãe. Posto isto, diga-se antes de mais, nem Cambridge nem Oxford, o destino da protagonista foi bem diferente. E acrescente-se, desde já, que nem só de educação trata este livro (entretanto adaptado para o grande ecrã e nomeado para os Óscares). Uma Outra Educação também fala da revolta contra o sistema, da falta de perspectivas de carreira que as mulheres tinham na década de 60, do fascínio pelo homem mais velho e experiente e de ousadias.
O livro relata a história de Lynn Barber, uma adolescente quase a tornar-se mulher, e está ambientado na Inglaterra do início dos anos 60 (em pleno auge do conservadorismo que se desenvolve no período pós-guerra), e no início da década de 70, uma década que acaba mais tarde por se livrar de todas as amarras que marcaram a década anterior. Aos 16 anos, numa paragem de autocarro, a jornalista Lynn Barber apanhou boleia de um atraente homem mais velho no seu carro desportivo – e a sua vida quase ficou destruída. Outrora uma rapariga inteligente e confiante, a caminho de Oxford, ela começou uma relação que, incrivelmente, foi encorajada pelos seus pais convencionais e suburbanos e que a levou ao mundo semicriminoso da Londres no início dos anos 60.
Eis então o início de Uma Outra Educação, o livro que foi entretanto adaptado ao cinema, com argumento de Nick Hornby e participações de Carey Mulligan e Alfred Molina, e está nomeado para diversos Globos de Ouro e igualmente para os Óscares, incluindo o de Melhor Filme.

Ver trailer: http://www.youtube.com/watch?v=pTu5AmUYxE8

Sobre a autora:
Lynn Barber estudou Literatura Inglesa em Oxford. Começou a sua carreira no jornalismo na Penthouse, e desde então tem trabalhado numa série de jornais britânicos e na Vanity Fair. Actualmente, escreve no Observer. Publicou dois volumes das suas célebres entrevistas.

sexta-feira, 5 de março de 2010

A Lucidez do Amor - Tânia Ganho

Título: A Lucidez do Amor
Autor: Tânia Ganho
N.º Págs.: 320
P.V.P.: 16,50€

Sinopse:
Em A Lucidez do Amor, uns meses depois do 11 de Setembro, Michael Adam, piloto da Força Aérea francesa, é enviado para o Afeganistão no âmbito da luta contra o terrorismo. Passados quatro anos, parte novamente em missão, mas desta vez com plena consciência da natureza letal do seu trabalho. É com o inquietante pressentimento de que poderá não regressar a casa que se despede da mulher, Paula, e do filho recém-nascido. Atirada para um mundo sem homens, Paula é obrigada a tornar-se mãe solteira e a criar laços de amizade com o heterogéneo grupo de mulheres que a rodeia e que vive ao ritmo do toque do telefone – até ao dia em que as linhas ficam mudas… Baseado em quatro personagens profundamente humanas e complexas – o piloto estranhamente supersticioso com licença para matar, a sua mulher artista e impressionável, a sogra africana, sábia e marcada para toda a vida, e o sogro amargo que carrega um pesado segredo dos seus tempos de guerra na Guiné-Bissau –, A Lucidez do Amor é um romance inquietante e cheio de suspense, que questiona o significado do amor, explorando as diferenças que nos separam uns dos outros, mas que podem também unir-nos irrevogavelmente.

A minha opinião:
A Lucidez do Amor mostra, sobretudo, a angústia de muitas mulheres que têm os maridos, namorados, filhos, a combater em guerras, que muitas vezes não tem nada a ver com eles, nem directamente com o país que defendem. Esta angústia é “vivificada” por Paula, uma portuguesa a viver numa pequena aldeia em França, que a poucas semanas de ter dado à luz o seu filho Artur vê o seu marido francês, Michael, a partir para o Tajiquistão para lutar contra o terrorismo. Tânia Ganho constrói uma narrativa diária que coloca os leitores na pele da jovem Paula que se vê a braços com a maternidade pela primeira vez, sozinha, e com receio de que aconteça algo de mal ao seu marido. Paula é uma mulher com muitas fragilidades, com muitos receios, tanto do marido, como do próprio filho. Paula é uma mulher que ainda está a aprender a viver como tal. Apesar de ter sido mãe recentemente, mantém a sua carreira como ilustradora e isola-se muito na sua casa, vivendo constantemente angustiada. No entanto, não deixa de manter contactos com as mulheres dos colegas de Michael, que também se encontram na mesma situação. Encontram-se para piqueniques, para tertúlias, que as fazem, por momentos, esquecer que os maridos estão em ambiente de guerra e correm risco de vida diariamente. Michael é um homem timorato, que gosta da aventura, da adrenalina, precisando disso mesmo para viver. Mas o livro não retrata apenas a vida do jovem casal, como também a vida de Binta, mãe de Paula, uma africana, oriunda da Guiné-Bissau, que, apesar de ter nascido numa região muito pobre, mostra uma inteligência nata; e do seu marido Álvaro que conheceu Binta aquando da sua missão na altura do Ultramar, que carrega consigo alguns traumas de guerra que nunca quis revelar à filha, ela própria, fruto dessa mesma guerra. A Lucidez do Amor é um livro que mostra, essencialmente, o lado emocional das suas personagens, que contam desesperadamente os dias para se juntarem novamente. É um livro que nos prende e toca à história simples, mas bela, de um amor distante, mas sincero, cheio de expectativa de que tudo corra bem.

Excertos:
“No dia em que eu me começar questionar, mesmo em voz baixa, se o meu marido matou inocentes, não sei como é que vou conseguir olhar para ele.”

"Dizem que o amor é cego, mas é a paixão que não vê defeitos e incoerências. O amor é lúcido, vê as falhas e as contradições e, apesar disso, subsiste."

Classificação: 4/5

terça-feira, 2 de março de 2010

Intervenção - Robin Cook

Título: Intervenção
Autor: Robin Cook
Colecção: Obras de Robin Cook
Preço: 22.90€
Pp.: 304

Sinopse:
Quando Jack Stapleton efectua uma autópsia a um promissor jovem universitário recentemente graduado que fora há pouco tratado por um quiropata, começa a investigar medicinas alternativas. É rapidamente confrontado com a questão do que leva algumas pessoas a rejeitarem os estabelecimentos médicos e a procurarem ajuda em terapias baseadas em ciências duvidosas, filosofias orientais ou até curandeiros de fé. E a sua obsessão cresce quando é diagnosticado um cancro ao seu filho.
É então que dois antigos colegas de Jack se cruzam na sua vida. Shawn Daughtry, um arqueólogo de renome, e James O’Rourke, cardeal da arquidiocese de Nova Iorque. Shawn fez uma descoberta espantosa num souq no Cairo: um antigo códice cujo conteúdo lhe pode trazer fama internacional. A sua descoberta leva-o numa viagem secreta ao túmulo de São Pedro, na cripta da basílica em Roma, onde espera desenterrar um ossário com 2000 anos cujo conteúdo pode ter implicações médicas e eclesiásticas avassaladoras.
Shawn mal pode esperar para confessar a sua descoberta ao seu antigo colega James O’Rourke: um tesouro que pode pôr em risco a infalibilidade papal. Num esforço desesperado para proteger a sua igreja e as suas ambições políticas, James procura o seu amigo Jack para que este o ajude a proteger um segredo explosivo, com o poder de mudar vidas para sempre.

A minha opinião:
Este último livro de Robin Cook é um pouco diferente dos que tenho lido do mesmo autor. Ao contrário da habitual história médica, Cook debruça-se mais sobre um mistério muito ao estilo de Dan Brown. O já habital Jack Stapleton depara-se, desta vez, com um caso de uma jovem de 27 anos que morreu subitamente sem causa aparente. No entanto, quando autopsia o corpo, descobre uma anomalia no seu pescoço que, após ter falado com a mãe dela descobre que a vítima tinha ido recentemente a um quiroprático para que este “curasse” uma dor de cabeça. O quiroprático incidiu sobre a dissecação das artérias vertebrais e foi essa a causa da morte da jovem Keara. Após se revelar contra as medicinas alternativas e causar algum embaraço ao próprio Instituto de Medicina Legal por se deixar levar pelos instintos e quase chegar a vias de facto com o quiroprático, Jack deixa de lado a investigação e passa a interessar-se mais pela descoberta do seu amigo de faculdade Shawn que, no mesmo dia em que Keara morre, descobre, no Egipto, um dos primeiros livros que substituíram o pergaminho. Um códice feito à mão com mais de 1500 anos. Foi conservado durante mais de um milénio e meio, selado num frasco e enterrado na areia. Nesse livro, Shawn encontrou uma carta escrita no ano de 121, por um bispo septuagenário da cidade de Antioquia chamado Saturnino, o que o faz partir para Roma com a sua mulher Sana, a fim de tentarem descobrir onde estão os restos mortais da Virgem Maria. Essa descoberta vai juntar os “Três Mosqueteiros”, assim se intitulavam quando andavam na faculdade, Jack, Shawn e James O’Rourke, bispo da arquidiocese de Nova Iorque, este último com o intuito de tentar travar a descoberta do amigo, descoberta essa que poderá revolucionar a igreja católica.
Apesar de diferente do que tenho lido, recomendo mais um livro de Robin Cook que de certeza não vai decepcionar os fãs do autor. Um livro que fala sobre medicinas alternativas, segredos religiosos e mostra um outro lado de Jack, que se vê a braços com um grave problema em casa: o filho de quatro meses sofre de um grave caso de cancro.

Classificação: 5/5

Maria Cavaco Silva reflecte sobre o que é ser Mulher no próximo dia 8 de Março no lançamento do livro de Isabel Canha

Maria Cavaco Silva, Leonor Baldaque, Elisabete Jacinto, Cristina Amaro e Soledade Carvalho Duarte são 5 mulheres normais com qualquer coisa de excepcional.
É isso que retiramos do livro de Isabel Canha, jornalista, sobre o extraordinário percurso pessoal e profissional destas 5 mulheres portuguesas.
Os cinco textos de As Mulheres Normais têm Qualquer Coisa de Excepcional desvendam o trajecto singular de cada uma destas personalidades revelando os momentos-chave que as transportaram para o mais alto reconhecimento público.
O livro será apresentado por Francisco Pinto Balsemão no próximo dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, no foyer do Teatro Nacional D. Maria II, a que se seguirá uma intervenção da Dr.ª Maria Cavaco Silva sobre a Mulher.