domingo, 28 de fevereiro de 2010

Os espaços em branco - Samantha Harvey

Título: Os espaços em branco
Autor: Samantha Harvey
Chancela: Bertrand Editora
N.º de Páginas: 320
PVP: 16,95 €
Tradução: Fernanda Oliveira

Vencedor do AMI Literature Award e do Betty Trask Prize 2009, Os Espaços em Branco foi um dos livros mais falados o ano passado.
Romance incomum, narrado por um homem que sofre de Alzheimer, a obra foi ainda finalista do Man Booker Prize, do Orange Prize for Fiction e do Guardian First Book Award.

Numa emocionante viagem pelos labirintos da mente humana, a história é como um puzzle inconstante, cujas peças se vão encaixando, mas perdem a sua combinação no momento seguinte, para se agruparem novamente em cenários e significados novos. E com este jogo interminável é toda uma vida que adquire ou perde os seus contornos, a cada instante.

É a própria natureza da memória que empresta os seus ritmos à narrativa, que vai construindo e minando alternadamente a sua estrutura, expondo assim duplamente um quadro daquilo que é – em toda a sua fragilidade, em toda a sua ternura e imperfeição – ser-se humano.

Sinopse:
É o dia de aniversário de Jake e ele sobrevoa uma paisagem familiar: que o viu crescer, casar-se, onde trabalhou. Mas já não é o mesmo homem: a mulher morreu, tem o filho na prisão e está prestes a perder o seu passado.
Jake sofre de Alzheimer. À medida que a doença vai avançando, Jake esforça-se por manter presente a sua história, as suas memórias e identidade, mas elas escapam-lhe e deixam de ser credíveis. O que aconteceu à sua filha? Está viva ou morreu há muito? E porque é que o filho foi preso? O que correu assim tão mal na sua vida? Houve em tempos uma cerejeira e um vestido amarelo, mas o que significam exactamente? Ajudado por Eleanor, uma amiga de infância com quem, por alguma razão desconhecida, ele agora dorme, Jake tenta resistir à inevitabilidade do esquecimento, mas os principais acontecimentos da sua vida estão sempre a mudar, embora ele tente fixá-los, e aquilo que até recentemente parecia sólido funde-se em sonhos surreais ou cenários de pesadelos. Poderá ainda salvar alguma coisa da destruição? A beleza, talvez, a memória do amor, ou absolutamente nada?

A minha opinião:
Os espaços em branco são todas aquelas recordações de que Jack não se lembra. O protagonista da história sofre de Alzheimer e no dia em que completa mais um aniversário decide oferecer a si próprio uma viagem de helicóptero que sobrevoa a povoação onde ele passou a maior parte da sua vida.
Recorda-se de Helen, a sua mulher que partiu há bastante tempo vítima de um AVC, de Henry, o seu filho que está preso na prisão cujo projecto foi o ele próprio que fez, de Eleonor, sua vizinha e agora companheira, Sara, sua mãe e uma revoltada religiosa que tenta a todo o custo esquecer o seu passado na Áustria, Alice, a sua filha e Joy a sua amante.
Quando se é velho muitas vezes o que resta são as recordações. Mas quando estas começam a falhar, o que acontece? Conseguirá Jake viver de pequenos espaços de memórias, embora não saiba quando e como elas se passaram? Conseguirá ser feliz assim? Uma história emocionante que nos faz viver a pele de um doente de Alzheimer que tudo faz para ter uma vida normal, apesar de algumas falhas de memória.
Uma história cheia de recortes, que vão surgindo espaçados e sem tempo definido, à medida que o protagonista se vai lembrando da história da sua vida. O livro revela até que ponto chega a fragilidade humana, com Jake a degradar-se cada vez mais e a tornar quase impossível a vida à pessoa que toma conta dele. Além da história de um doente de Alzheimer esta é a história de Eleonor, vizinha de Jake, que sempre foi apaixonada por ele e que só viu concretizado o seu amor quando o próprio Jake vai perdendo a memória e a sua vida vai ficando cada vez com mais espaços em branco. Recomendo vivamente.

Excertos:
“… porque se lembra disso e tudo aquilo de que se lembra aconteceu ou muito recentemente ou há imenso tempo, uma coisa a que agora tem de se habituar é ao facto de não haver lembranças intermédias.”

“De tudo isto ele se lembra e consegue ver as coisas claras como o dia – só não é capaz de dizer quando é que aconteceu. Como uma fotografia que não pode ser colocada em nenhum lugar específico no álbum.”

“Uma coisa te digo e tu tens de a ouvir: às vezes, não interessa de onde vens, o que é teu, o que consideras ser o teu lar… A verdade não é tudo. Tens de saber quando é que está na altura de te afastares”. “Ele precisa de ir à casa de banho; não consegue lembrar-se de onde é que ela fica, nem se precisará de subir as escadas e, se precisar, por qual delas irá optar.”


Classificação: 5/5

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A Prenda - Cecelia Ahern

Título: A Prenda
Autor: Cecelia Ahern
P.V.P.: 15,90 €
Data 1ª Edição: 17/11/2009
Nº de Edição:
Nº de Páginas: 268
Colecção: Champanhe e Morangos
Nº na Colecção: 40

Sinopse:
Todos os dias Lou Suffern, um arquitecto bem-sucedido de Dublin, travava uma batalha inglória com o relógio, na tentativa vã de responder às múltiplas solicitações profissionais, familiares e sociais. Vivia a um ritmo vertiginoso. O seu desejo de sucesso afastou-o do que era realmente importante na sua vida. E assim foram correndo os dias até àquela gelada manhã de terça-feira em que resolveu oferecer um café a Gabe, o sem-abrigo que costumava sentar-se perto da entrada do seu escritório. À medida que o Natal se aproxima e que Lou vai privando mais de perto com Gabe, a sua perspectiva do tempo vai-se alterando... Emocionante e divertida, esta narrativa onde está sempre presente o espírito de Natal, faz-nos reflectir sobre a importância do tempo e rever as prioridades na nossa própria vida.

A minha opinião:
Todas as vezes que leio um livro de Cecelia Ahern o meu gosto pelos seus livros aumenta cada vez mais. Depois de ter lido “P.S. I Love You” e “Para Sempre, Talvez” “A Prenda” deixou-me completamente vidrada na história de Gabe e Lou Suffern. A narrativa é contada pelo sargento Raphael O’Reilly a um jovem que atira um peru de Natal congelado à janela do seu pai e da nova família. O sargento conta a narrativa servindo como uma espécie de lição de vida, fazendo-o pensar nas escolhas que devemos tomar com o tempo que temos disponível. Cecelia Ahern faz-nos pensar verdadeiramente nas coisas que deveriam ser prioritárias no nosso dia-a-dia através da personagem de Lou, um arquitecto bem sucedido que, a favor da subida da carreira, deixa de lado a sua família e os dois filhos pequenos. Até que um dia conhece Gabe, um sem-abrigo que costuma estar perto do edifício onde trabalha e lhe oferece emprego. A partir daí a sua vida muda radicalmente e Gabe permiti-lhe ganhar um pouco mais de tempo para Lou se redimir da sua indiferença no seio familiar.

Excertos:
“Os caminhos tornam-se muito mais claros quando as pessoas deixam de olhar para o que os outros estão a fazer e, em vez disso, se concentram em si próprias.”

“Oh, eu sei que tu tens catorze anos e que pensas que tens todo o tempo do mundo, mas não tens. Nenhum de nós tem. Estamos a gastá-lo com toda a velocidade e indiferença dos compradores dos saldos de Janeiro.”

Hilter e a família Tchekova em livro - Uma história verídica e apaixonante

Título: O Mistério de Olga Tchekova
Autor: Antony Beevor
Chancela: Bertrand Editora
N.º de Páginas: 280
PVP: 17,95 €
Tradução: Rita Guerra
Disponível a partir de 26 de Fevereiro


Em O Mistério de Olga Tchekova, Antony Beevor, historiador e autor de uma vasta obra (Dia D, Estalinegrado, A Guerra Civil de Espanha e Paris Após a Libertação, entre outros, todos editados pela Bertrand), faz uso de um conjunto de entrevistas, artigos, livros e pesquisas para reconstruir a surpreendente história de uma família – a de Olga Tchekova – durante um dos períodos mais atribulados da história do século XX.


Na verdade, mais do que relatar o surpreendente percurso de Olga Tchekova, Antony Beevor revela segredos e crueldades do nazismo e do estalinismo (a própria actriz parece ter “um pé em cada lado”), acompanha toda a revolução, a ascensão de Hitler e os horrores resultantes da invasão nazi da União Soviética. Meio biografia, meio ensaio histórico, o autor começa por questionar a qualidade de vida da actriz preferida de Hilter durante este período já que teria sido difícil para Olga Tchekova viver tão bem numa situação de guerra, em especial quando a sua etnia saíra provisoriamente vencida, sem oferecer uma moeda de troca ao país dominador. Terá sido a actriz preferida de Hitler uma espia russa? O raciocínio de Beevor parece dispensar provas. Acreditando sempre na alta probabilidade de que assim tenha sido, a história da actriz como ele a descreve contém muitos ingredientes fascinantes que acabam por surpreender bem mais pelo alcance do seu papel ao lado do ditador do que pelo mundo glamouroso em que se movimentava. Baseado em documentos verídicos, O Mistério de Olga Tchekova é, como definiu o jornal Evening Standart, “uma fascinante história de espionagem, puro entretenimento e uma investigação admirável”.

Sobre o autor:
Antony James Beevor nasceu a 14 de dezembro de 1946 e é um escritor e historiador britânico, com formação na conceituada Real Academia Militar de Sandhurst, onde foi discípulo do mais respeitado historiador britânico sobre a Segunda Guerra Mundial, John Keegan. Descendente de uma família de mulheres escritoras, Beevor escreveu na última década Paris Após a Libertação, 1944-1949 (escrito com a mulher, Artemis Cooper), Estalinegrado (vencedor do Samuel Johnson Prize, do Wolfson Prize na área de História e do Hawthorden Prize na área de Literatura); A Queda do Muro de Berlim - 1945, vencedor do primeiro Longman – History Today Trustee’s Award e, mais recentemente, A Guerra Civil de Espanha, todos considerados dos melhores e mais detalhados trabalhos sobre algumas das cruciais batalhas do conflito mundial.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Bertrand lança O Ano dos Prazeres de Elizabeth Berg

Título: O Ano dos Prazeres
Autor:Elizabeth Berg
Chancela:
Bertrand Editora
N.º de Páginas: 256
PVP: 16,90 €
Tradução: Fernanda Oliveira
Disponível a partir de 26 de Fevereiro

Sinopse:
Entre lamentar eternamente a perda do marido e desistir de si própria ou começar uma nova vida, noutro lugar, e dizer não à solidão, Betta Nolan escolheu a segunda. É sobre ela, sobre as suas decisões, a sua força e o consolo nas coisas simples da vida (um banho quente, boa comida, a beleza da natureza, a música, a arte) que gira este O Ano dos Prazeres. Inspiradora chamada de atenção para aquilo que todos temos ao nosso dispor, independentemente das circunstâncias da nossa vida, O Ano dos Prazeres é, no fundo, mais do que um romance sobre o amor, a esperança, a solidão ou a dor da perda de entes queridos. Quando o marido de Betta morre, ela honra a promessa que lhe fez de se mudar para uma vila pequena e começar nova vida. Aí dá início a uma viagem inesquecível de auto-descoberta e renovação e percebe, afinal, que tem ainda muito para dar e receber. Basta querer.

Vencedora do New England Booksellers Award pelo conjunto da sua obra e por diversas vezes comparada a Jodi Picoult ou a Anita Shreve, Elizabeth Berg conquistou em definitivo os leitores portugueses com o título Quando Estiveres Triste, Sonha (lançado o ano passado pela Bertrand). Antes, porém, também Segredo da Família foi bastante elogiado pelas leitoras portugueses. Dona e senhora de um estilo profundamente marcado, é difícil resistir às suas histórias e à forma como Berg explora as relações humanas, revelando um perscrutar astuto das forças motrizes da vida das pessoas comuns, sobretudo das mulheres.

Sobre a autora:
Elizabeth Berg foi enfermeira durante 10 anos, e foi neste contacto tão humano com os outros que arranjou inspiração para escrever. Escritora norte-americana, Berg nasceu a 2 de Dezembro de 1948, em St. Paul, no estado do Minnesota. É autora de dezanove títulos e está traduzida para várias línguas. www.elizabeth-berg.net TURNSTONE explores the public and private worlds of Joe Faraday at a time when both are in crisis.

Sobre O Ano dos Prazeres
«Berg consegue invocar uma personagem com um mínimo de palavras e um arco-íris de delicados matizes.» - Publishers Weekly
«Berg tem o dom de escolher as palavras mais refinadas para o mais trivial dos acontecimentos... Como sempre, o seu estilo funciona maravilhosamente – enganadoramente simples, coloquial e de grande actualidade.» - USA Today
«Que autora maravilhosa. Inteligente, apaixonada e dotada de um talento extraordinário. Poucos se lhe comparam». - Elizabeth Buchan

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Amor está no Ar - Dorothy Koomson

Título: O Amor está no Ar
Autora: Dorothy Koomson
N.º de Págs.: 336
Capa: mole
PVP: 16,50 €

Sinopse:
Depois de sair de Londres para seguir o seu desejo de mudar de vida, Ceri D'Altroy jura abandonar definitivamente as suas manias de casamenteira. Isto porque parece que a sua simples presença acaba por incentivar as pessoas que encontra pelo caminho a mudar de vida.
No seu novo emprego, conhece Ed que decidiu declarar o seu amor por uma mulher que o enlouquece; Mel e Claudine, dois amigos de longa data que resolvem iniciar um romance ilícito; e Gwen, a chefe de departamento que é uma fumadora compulsiva e esconde um segredo profundo e sombrio que só quer partilhar com a sua nova funcionária.
Quem entra em contacto com Ceri, nunca mais volta a ser o mesmo. Será ela o Cupido dos tempos modernos?

A minha opinião:
Sem que se aperceba Ceri faz mudar tudo à sua volta. Quando decide mudar de frenética Londres para a pacata Leeds nem imagina que vai transformar tudo à sua volta, ou melhor, as pessoas que com ela convivem. As pessoas começam a descobrir e a compreender o amor, a gostar mais delas próprias ou a abarcar novos projectos de vida. Tudo isto com a ajuda da jovem professora da psicologia Ceri. Após o fim do seu casamento Mel descobre uma forma de diálogo com a sua ex-mulher. Claudine, que teve uma noite de amor com Mel, decide continuar com o seu companheiro Kevin, Ed encontra o amor ao lado de uma mulher que pensa inalcançável e muda completamente a sua vida. Mas será que ela própria vai descobrir o amor? Será que o seu coração vai ter uma oportunidade de saber o que é amar? Dorothy Koomson aborda uma temática diferente do que o que li num seu livro anterior, A filha da minha melhor amiga, e das sinopses que li dos restantes livros da autora, que é a temática do amor entre dois adultos. Um livro diferente mas que vai agradar, como me agradou a mim, os seguidores da autora inglesa, que começou precisamente na escrita com este O Amor está no Ar, em 2001.

Excertos:
“Não tinha, de modo nenhum, começado de novo. Tinha-me envolvido tanto na vida dos outros que nem me lembrava de que tinha vida própria. Aliás, será que tinha? … Tinha-me perdido na vida dos outros.”

“Dá-me a ideia de que vides a vida dos outros com o volume no máximo, mas a tua própria vida é bastante estéril.”

Classificação: 4/5

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Novidades Bertrand para Fevereiro

Título: Amor Maldito
Autor: Stephenie Meyer

Depois de Danças Malditas, livro de contos sobre vampiros, zombies, demónios e outras criaturas sinistras, lançado em Outubro do ano passado, chega (mesmo a tempo do próximo Dia dos Namorados) Amor Maldito. Neste, tal como no primeiro volume da série, cinco autores extraordinários assinam histórias de amor com final feliz… ou talvez não. Melissa Marr, Justine Larbalestier, Laurie Faria Stolarz, Scott Westerfeld, e Gabrielle Zevin são as escritoras de serviço. Em Danças Malditas, que entretanto vendeu cerca de 15.000 exemplares, Meg Cabot e Stephenie Meyer, assinaram respectivamente os contos A Filha da Exterminadora e O Inferno na Terra.

Em Amor Maldito, desde dois estudantes que vivem num mundo mais do que perfeito e cuja atracção os leva a quebrar todas as regras, a uma rapariga que se apaixona perdidamente por um fantasma com algumas contas a ajustar, passando por uma jovem bruxa que descobre da pior maneira que o amor verdadeiro não se pode conquistar através de feitiços, este livro está repleto de personagens brilhantes e excitantes que nos deixarão o leitor primeiro de coração partido, mas, no fim o fará acreditar mais do que nunca no poder do amor. Afinal, o amor é um inferno… mas vale bem a pena. Sobre as Autoras Justine Larbalestier é autora da premiada trilogia Magic or Madness. Divide o seu tempo entre Sidney, na Austrália, e Nova Iorque, com passagens pelo México, Nova Zelândia e Tailândia. É casada com Scott Westerfeld. Melissa Marr é autora das séries best-seller Wicked Lovely e Ink Exchange. Laurie Faria Stolarz escreveu vários romances para o público jovem adulto, e foi nomeada para diversos prémios literários. Nascida e criada em Salem, a famosa terra das bruxas, a autora obteve um mestrado em Escrita Criativa na Universidade Emmerson em Boston. Scott Westerfeld é o autor da mundialmente famosa série Uglies e de Leviathan, entre outros best-sellers destinados ao público jovem adulto. Gabrielle Zevin é autora de Elsewhre, Memoirs of a Teenage Amnesiac. Escreve igualmente argumentos para televisão.


Título: Livrai-nos do mal
Autor: Romain Sardou
Chancela: Bertrand Editora
N.º Páginas: 348
PVP: 18,95 €
Tradução de Irene Daun e Lorena e Nuno Daun e Lorena Disponível a partir de 5 de Fevereiro


Livrai-nos do Mal O pulsar da acção e o rigor do romance histórico A intriga do primeiro romance (publicado em Portugal) de Romain Sardou, filho do cantor e autor francês Michel Sardou, acontece durante um dos períodos mais conturbados da História da Europa.

Trata-se de um romance histórico repleto de mistérios, assassinatos, medo e superstição, além de magnificas descrições de personagens e ambientes. Ainda assim, surpreende também pelo ritmo vertiginoso e pelo inesperado desenlace. Em pleno século XIII, num pequeno povoado francês, um rapazinho a quem se atribuem poderes curativos desaparece misteriosamente… Homens vestidos de negro irromperam na aldeia de forma selvagem, semeando o pânico e a morte, e levaram o pequeno Perrot, um menino especial cujos misteriosos poderes tinham acabado com as enfermidades dos habitantes de Cantimpré. Desesperado, o padre local parte em busca de Perrot e segue a pista dos seus sequestradores pelo país. Enquanto isso, em Roma, o detective mais respeitado da cidade trabalha no caso da morte, em circunstâncias estranhas, de quatro cardeais. E a verdade é que, com o aproximar da eleição de um novo pontífice, a teia de interesses e conspirações que a rodeiam parecem querer relacionar-se com as investigações. E num instante as duas buscas cruzam-se. Ambas apontam na mesma direcção: para um mundo em que a corrupção se serve da superstição, em que a escuridão das mentes se une à dos corações e juntas levam à morte. Ao triunfo do mal…

Em Livrai-nos do Mal, Romain Sardou revela enfim não apenas a sua paixão pela escrita mas também o rigor da sua pesquisa e a espantosa capacidade para criar personagens complexas e credíveis. A tudo isto acresce ainda o ritmo impetuoso que confere a este romance histórico o pulsar dos grandes thriller. Sobre Romain Sardou Romain Sardou, de nacionalidade francesa, nasceu em 1974. Durante a adolescência mudou-se para Los Angeles atrás do seu sonho de se tornar escritor. Procedente de uma família de artistas (é filho do cantor Michel Sardou), também estudou Ópera e Teatro. Vive actualmente entre a Suíça e os EUA.

Título: Os espaços em branco
Autor: Samantha Harvey
Chancela: Bertrand Editora
N.º de Páginas: 320
PVP: 16,95 €
Tradução de Fernanda Oliveira
Disponível a partir de 5 de Fevereiro



Vencedor do AMI Literature Award e do Betty Trask Prize 2009, Os Espaços em Branco foi um dos livros mais falados o ano passado. Romance incomum, narrado por um homem que sofre de Alzheimer, a obra foi ainda finalista do Man Booker Prize, do Orange Prize for Fiction e do Guardian First Book Award. Numa emocionante viagem pelos labirintos da mente humana, a história é como um puzzle inconstante, cujas peças se vão encaixando, mas perdem a sua combinação no momento seguinte, para se agruparem novamente em cenários e significados novos. E com este jogo interminável é toda uma vida que adquire ou perde os seus contornos, a cada instante.
É a própria natureza da memória que empresta os seus ritmos à narrativa, que vai construindo e minando alternadamente a sua estrutura, expondo assim duplamente um quadro daquilo que é – em toda a sua fragilidade, em toda a sua ternura e imperfeição – ser-se humano.


Sinopse:
É o dia de aniversário de Jake e ele sobrevoa uma paisagem familiar: que o viu crescer, casar-se, onde trabalhou. Mas já não é o mesmo homem: a mulher morreu, tem o filho na prisão e está prestes a perder o seu passado. Jake sofre de Alzheimer. À medida que a doença vai avançando, Jake esforça-se por manter presente a sua história, as suas memórias e identidade, mas elas escapam-lhe e deixam de ser credíveis. O que aconteceu à sua filha? Está viva ou morreu há muito? E porque é que o filho foi preso? O que correu assim tão mal na sua vida? Houve em tempos uma cerejeira e um vestido amarelo, mas o que significam exactamente? Ajudado por Eleanor, uma amiga de infância com quem, por alguma razão desconhecida, ele agora dorme, Jake tenta resistir à inevitabilidade do esquecimento, mas os principais acontecimentos da sua vida estão sempre a mudar, embora ele tente fixá-los, e aquilo que até recentemente parecia sólido funde-se em sonhos surreais ou cenários de pesadelos. Poderá ainda salvar alguma coisa da destruição? A beleza, talvez, a memória do amor, ou absolutamente nada? Sobre Samantha Harvey Samantha Harvey nasceu em Inglaterra em 1975 e estudou Filosofia e Escrita Criativa. Foi professora no Japão e viveu na Irlanda e na Nova Zelândia. É co-fundadora de uma associação ambiental e vive em Bath.