sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Coraline e a Porta Secreta - Neil Gaiman

Sinopse: Na nova casa de Coraline Jones existem vinte e uma janelas e catorze portas. Treze podem-se abrir livremente e uma está sempre fechada. Certo dia, Coraline decide investigar o que existe para lá desta porta misteriosa e descobre uma passagem secreta para outra casa exactamente igual à sua, contudo muito diferente... Nesta casa encontra uma série de coisas muito, muito estranhas, e, outros pais na aparência exactamente iguais aos seus... Esta brilhante história, referida por muitos como uma versão moderna de Alice no País das Maravilhas deu origem a uma empolgante adaptação cinematográfica.



Coraline é uma jovem rapariga e, como todos os jovens, anda à procura de novas aventuras. Então decide atravessar uma porta secreta, existente na sua nova casa. Lá descobre uma outra versão de uma outra vida, que poderá ser a sua. Descobre outros pais que, apesar de serem fisicamente parecidos, no resto nada são iguais. À primeira vista, aquela realidade parece mais atractiva à jovem Coraline. Ali os animais falam, a mãe apenas faz refeições que Coraline gosta, as duas vizinhas são novas e bonitas… No entanto, a jovem começa a descobrir que a sua outra mãe a quer a todo o custo, nem que para isso prenda os seus pais verdadeiros para todo o sempre. A salvação deles está dependente de Coraline, que munida de uma grande determinação e coragem, vai conseguir salvá-los e voltar de novo para casa.

Coraline é um livro que retrata as relações entre pais e filhos e mostra que a comunicação entre ambas as partes é essencial. Na sua vida presente, os pais não têm muito tempo para ela, mandando-a, muitas vezes, brincar sozinha, deixando-a com as suas próprias explorações. O livro mostra o quanto é importante estabelecer relações de afecto entre pais e filhos. Um livro para ler e reler em família.


Classificação: 3/5



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Prémio


1 – Ambas as Marias são jornalistas.
2 – Ambas as Marias adoram livros.
3 – As estantes das duas Marias estão-se a tornar exíguas para os muitos livros que têm.
4 – A Maria Manuel é coleccionadora de canetas e relógios e a Maria Manuela de globos de água.
5 – A Maria Manuel adora gatos e a Maria Manuela se puder evita-os…
6 – A Maria Manuela adora comer e a Maria Manuel está a fazer dieta.

Quanto à atribuição do prémio a outros blogues, as Marias decidiram dedicar o “Prémio 66” a todos aqueles que visitam o nosso cantinho dedicado ao mundo dos livros.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A Arte de Matar – Jonathan Santlofer


Sinopse:
Há muito que Kate McKinnon trocou o seu trabalho como detective da Polícia de Nova Iorque pela sua paixão pela história da arte. Mas quando uma pintura que doara ao Museu Modernista aparece vandalizada e outros crimes relacionados, incluindo homicídio, se sucedem, Kate sabe que pode combinar a sua experiência e os seus conhecimentos de ambos os mundos para ajudar a descobrir quem é o responsável. A Arte de Matar inclui ilustrações do autor que traçam um percurso de crescente suspense e que, combinadas com um enredo que retrata o submundo do meio artístico nova-iorquino, criam um novo thriller magistral.Jonathan Santlofer é um artista plástico muito conhecido e respeitado cujos trabalhos se encontram expostos, entre outros, no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, e no Institute of Contemporary Art, em Tóquio. Um incêndio numa galeria de arte em Chicago há alguns anos destruiu-lhe um grande número de obras, o que o levou a procurar refúgio criativo na escrita. Actualmente é considerado um dos escritores mais inventivos e originais do género e os seus livros encontram-se publicados em treze países.

Comentários:

Maria Manuela

Ok, eu confesso que a outra Maria já terminou de ler o livro há dez dias e que esteve a aguardar que eu terminasse para apresentar o seu comentário juntamente com o meu. Ela ADORA este género de literatura e, a mim, também não me desagrada de todo.

“A arte de matar” revelou-se um livro bem interessante com uma componente histórica em termos do mundo da Pintura bastante forte. Trata-se de uma história que parte de factos reais, como a existência da Escola de Nova Iorque, e que com o constante desenrolar dos acontecimentos prende o leitor.
Kate McKinnon pretendia escrever um livro sobre essa Escola e, de um momento para o outro, vê-se envolvida num novo processo policial envolto de roubos e crimes ligados ao mundo artístico.
Inicialmente, o objectivo do “Esfaqueador” passava apenas por destruir algumas obras dos pintores da Escola de Nova Iorque, mas depressa, as vítimas passaram a ser também os compradores e os autores dessas obras.
Trata-se de um livro que possui um enredo bem delineado, bem conseguido e com um final surpreendente em que, a cada momento, o leitor julga que já descobriu quem é o culpado. Mas, logo um novo facto surge ou acontece e tudo muda.
De referir que as imagens que ao longo do livro vão ilustrando a história, tornam-na ainda mais enriquecedora e cativante.
O envolvimento de Kate McKinnon na investigação policial teve que ser conciliado com a confusão de sentimentos que vivia na altura devido ao falecimento do marido Richard, também ele um apreciador de arte.
Este foi o primeiro livro que li de Jonathan Santlofer confesso que gostei.

Quanto à outra Maria, peço-te desculpa por ter demorado tanto tempo a terminar a minha leitura do livro.
Prometo que numa próxima leitura conjunta vou tentar ser mais célere :)

Maria Manuel
Kate Mckinnon há muito tempo que se tinha afastado do seu trabalho na polícia de Nova Iorque. Mas depois de um misterioso caso de destruição de uma tela de Willem de Kooning, que tinha doado ao Museu Modernista, e outra de Franz Kline, propriedade dos amigos Nicholas e Marci Starrett, muda de ideias e decide fazer parte da investigação. A destruição do quadro de Franz Kline faria ainda uma vítima, Nicholas Starret, que apanhara o criminoso em flagrante delito.
Assim, deixa a pacata vida de historiadora de arte, apresentadora de um programa na televisão e escritora, e passa a fazer parte da equipa de investigação.
A arte como pano de fundo, artistas da Escola de Nova Iorque, como Jackson Pollock, Franz Kline, Gorky, Philip Zander, Kate começa a desvendar o misterioso criminoso. Primeiro descobre que os assassinatos e destruição das telas estão todos relacionados com a Escola de Nova Iorque, o mais importante grupo americano expressionista abstractos, curiosamente o grupo sobre o qual ela própria estava a escrever. Depois constata que antes do acto, o criminoso enviava telas com pistas sobre as suas próximas vítimas.
Não li a Anatomia do Medo, um livro bastante publicitado e do mesmo autor, mas fiquei com uma grande curiosidade de ler mais sobre Jonathan Santlofer. A sua escrita é bastante interessante e a ideia de colocar os esboços das telas sobre as quais incide a investigação é bastante original e dá mais fôlego à trama.
Maria estás perdoada :) A leitura deve ser feita com calma e quando nos dá prazer. Além disso, de certeza que tive mais tempo para o ler do que tu. Outras leituras virão.
Classificação: 4/5

Livros apreendidos… onde pára a liberdade de expressão?

A PSP de Braga apreendeu esta semana numa Feira do Livro em Saldo e Últimas Edições alguns exemplares de um livro sobre pintura por, alegadamente, considerar a sua capa pornográfica e pelo facto de esta se encontrar exposta publicamente. Capa essa que mostra a imagem de um dos quadros do pintor Gustave Courbet, em que se vê uma mulher nua.
Courbet, um socialista convicto, ao representar frontalmente as coxas e o sexo de uma mulher, com o quadro "A Origem do Mundo" abalou o meio artístico, tendo a sua exposição pública sido proibida na época. Hoje, pelos vistos, a censura continua…
Será que as livrarias que têm o livro à venda também o devem ter escondido? Ou no caso de o terem exposto estão sujeitas a que os agentes de autoridade apreendam esses exemplares?
O quadro de Gustave Courbet, pintado em 1866, encontra-se exposto no Museu D'Orsay, em Paris. Eu questiono: será que naquele Museu é permitida a entrada a menores de 18 anos?Melhor do que este caso, só mesmo o da Ministra da Educação ter censurado a utilização de imagens de mulheres, numa sátira ao computador “Magalhães”.
Mas afinal em que sociedade vivemos? Onde é que está a liberdade de expressão?
É pena que considerem criminoso uma capa que exibe o corpo de uma mulher, quando o corpo da mulher é por diversas vezes e em inúmeras situações tão banalizado… e sem que ninguém faça nada.
Se a lei portuguesa impede a exposição em praça pública de objectos de conteúdo pornográfico, por que razão é que é permitido nos canais de televisão portuguesa esse tipo de conteúdos?!?! Quando não são conteúdos bem piores, como os filmes que incentivam à guerra e à morte!!!!
Ah! Pois… a famosa bolinha vermelha!!! Se tiver a bolinha vermelha então já pode ser exposto/visionado publicamente.
Pronto! Está aí a solução… Faça-se uma nova edição do livro com a capa do quadro de Courbet, mas com uma bolinha vermelha num dos cantos superiores.Isto, já para não falar no caso dos conteúdos que podem ser facilmente encontrados na Internet… e de fácil acesso a menores de 18 anos.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O Rapaz do Pijama às Riscas - John Boyne



Ao regressar da escola um dia, Bruno constata que as suas coisas estão a ser empacotadas. O seu pai tinha sido promovido no trabalho e toda a família tem de deixar a luxuosa casa onde vivia e mudar-se para outra cidade, onde Bruno não encontra ninguém com quem brincar nem nada para fazer. Pior do que isso, a nova casa é delimitada por uma vedação de arame que se estende a perder de vista e que o isola das pessoas que ele consegue ver, através da janela, do outro lado da vedação, as quais, curiosamente, usam todas um pijama às riscas.
Como Bruno adora fazer explorações, certo dia, desobedecendo às ordens expressas do pai, resolve investigar até onde vai a vedação. É então que encontra um rapazinho mais ou menos da sua idade, vestido com o pijama às riscas que ele já tinha observado, e que em breve se torna o seu melhor amigo…

15 de Abril de 1934. O destino de duas crianças traça-se logo à nascença. Um rapaz de uma família poderosa e com influência na Alemanha, filho de um militar nazi; e um rapaz, filho de um relojoeiro Polaco, que tem a ‘má’ sorte de nascer judeu, na era do holocausto.
No início da sua vida são ambos crianças felizes, embora vivam em mundos completamente diferenciados. Bruno tem três amigos com quem gosta muito de brincar e Shmuel vivia num pequeno apartamento na Polónia juntamente com os pais e o seu irmão Josef.
Até que um dia tudo muda na vida destas duas crianças, quando têm precisamente nove anos de idade. Bruno muda-se, juntamente com a restante família para uma casa isolada, situada mesmo ao lado de um campo de concentração na Polónia e é aí que conhece Shmuel, um rapaz que está do outro lado da rede, e anda sempre com um fato às riscas, parecido com um pijama.
Aos olhos de Bruno, que se vê cada vez mais entediado naquela casa sem as condições que tinha em Berlim, o mundo é muito melhor para o seu amigo. Uma das razões é que ele não está sozinho, tem muitos amigos para poder brincar, enquanto que ele não tem ninguém daquele lado da rede, excepto a companhia da sua irmã Gretel. Este livro é feito através dos olhos e da inocência de um rapaz que não se apercebe da tão crua realidade à sua volta e que sem maldade acaba por ser por vezes insensível para com o seu amigo judeu. No entanto, também será essa amizade que vai mudar completamente a vida de Bruno e o resto da sua família. Um final surpreendente.

«Quem são aquelas pessoas lá fora? […] As pessoas que eu vejo da minha janela. Lá ao longe, nos barracões. Todas vestidas de igual.[…] ah, essas pessoas […] Essas pessoas… bem, nem sequer são pessoas, Bruno.»


«De qualquer maneira, não percebo porque é que estás tão ansioso por vires para este lado – disse Shmuel – Isto aqui não é nada agradável. […] Não sabes o que é viver na minha casa – disse Bruno. – Para começar, não tem cinco andares, tem só três. Como é que alguém pode viver num sítio tão pequeno?»


O Rapaz do Pijama às Riscas foi originalmente publicado no Reino Unido em 2006, simultaneamente em edições para jovens e para adultos. Encontra-se actualmente traduzido em 36 línguas e vendeu até à data mais de 4 milhões de exemplares em todo o mundo.
Esteve 76 semanas no 1.º lugar da lista de bestsellers da Irlanda, foi o livro mais vendido de Espanha em 2007 e 2008, e figurou em dezenas de listas de bestsellers um pouco por todo o mundo, incluindo a prestigiada lista do New York Times, onde alcançou o 1.º lugar em Novembro de 2008. Foi vencedor de dois prémios literários na Irlanda (o “Children’s Book of the Year” e o “People’s Choice Book of the Year”), bem como do “Bisto Children’s Book Award” e foi nomeado para mais 15 prémios literários internacionais.

Classificação: 5/5

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Morreu escritora Isabel Paço d`Arcos


A escritora Isabel Paço d'Arcos, de 56 anos, especializada em temas relacionados com o esotérico, faleceu hoje de madrugada no Instituto Português de Oncologia, em Lisboa.
Isabel Paço d'Arcos, irmã do também escritor Carlos Paço d’Arcos, escreveu diversos ensaios e livros sobre o esotérico, dos quais o mais conhecido é "Um amigo no Além", editado pela Pergaminho.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Morreu o poeta Fernando Pinto Ribeiro



O poeta Fernando Pinto Ribeiro, autor de várias letras para fado, morreu em Lisboa, aos 80 anos, vítima de doença prolongada. Nascido em 1928 na Guarda, começa a rimar desde muito jovem, tendo escrito o seu primeiro soneto a que dão título “Soneto dos 15 anos”.
Colaborou nas revistas Flama, Páginas Literárias e Panorama, em jornais como o Diário de Notícias, Diário Ilustrado e em vários jornais regionais. Foi ainda director da Revista de Letras e Artes “Contravento”, em 1968, da qual apenas saíram 4 números.
Escreveu para diversos cantores portugueses de fado e de música popular, como Ada de Castro, Anita Guerreiro, Simone de Oliveira, António Mourão, Tonicha, Arlindo de Carvalho, Artur Garcia, Beatriz da Conceição, Lenita Gentil, Pedro Moutinho e Tristão da Silva.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Ano tem Doze Homens – Martina Paura



Da calma aparente de uma Dona de Casa Desesperada à vida de glamour de O Sexo e a Cidade bastou uma conjugação astrológica muito especial…

Pia escreve horóscopos para uma revista feminina e tem uma vida confortável ao lado do seu namorado Stefan. Mas o dia de Natal tem para a jovem planos muito diferentes daqueles que ela traçara; planos que incluem um relógio frito, um anel inoportuno e uma intempestiva saída de casa. Tudo piora quando Stefan se apaixona por outra mulher. Pia decide então reinventar-se. Para isso, faz uma aposta com a sua melhor amiga: Pia, a astróloga, envolver-se-á com um representante de cada signo; está, contudo, proibida de se apaixonar… o que não é assim tão simples, porque encontros de uma noite podem ser mais do que mera diversão. Além disso, os sentimentos de Pia têm sempre a mania de se meter pelo meio. Depois de doze meses de astrologia romântica, as estrelas parecem estar finalmente bem posicionadas e, nessa altura, Pia vai ter de tomar a mais importante decisão da sua vida.

Após Stefan ter terminado o namoro, Pia uma jovem pacata, tímida, decide mudar de vida.
Na passagem de ano Pia aposta com a sua melhor amiga Tanja que, até ao fim do próximo ano vai ter na cama pelo menos um homem de cada signo, excepto Capricórnio, signo do seu ex-namorado.
A partir daí, todos os meses, Pia conhece homens com personalidades completamente diferentes, que a marcam positiva ou negativamente. Desde um físico que só a quer apenas para passar umas boas noites de sexo (e por quem ela quase se apaixona) até a um jardineiro extremamente romântico que lhe enche a casa de flores e poemas e que ela tem de inventar uma falsa gravidez para se ver livre dele… ou o leão masoquista que apenas quer ser castigado, Pia encontra de tudo. No entanto, todos estes homens não a fazem esquecer o seu amor por Stefan.
Em cada mês Pia encontra uma situação quase sempre hilariante. O livro fez-me rir por várias vezes, devido às situações estranhas e engraçadas pelas quais a protagonista passa constantemente.

Classificação: 3/5

Mastroianni… nome virou adjectivo

"O Dia Mastroianni" é o segundo romance do brasileiro João Paulo Cuenca.No seu novo romance, o nome do actor italiano Marcello Mastroianni é “transformado” em adjectivo para caracterizar 24 horas na vida de dois rapazes que vagueiam por uma cidade. “Mastroianni” revela-se o símbolo de uma forma de fruir a vida.O livro foi publicado pela editorial Caminho. Sinopse:«Como se pode viver assim, sem poder distinguir o verdadeiro do falso?», interroga, e interroga-se, um dos personagens de “O Dia Mastroianni”.Relatando 24 horas da vida de Pedro Cassavas e Tomás Anselmo, João Paulo Cuenca faz o retrato de uma geração. Como observou Fabrício Carpinejar, «o problema hoje não é não ter assunto para escrever, é não ter vida para definir e fundamentar uma história.A partir das 24 horas de peripécias dos amigos Pedro Cassavas e Tomás Anselmo, Cuenca cria um romance picaresco. [...] Os parceiros circulam do arrebatamento ao nojo e vice-versa. Volúveis, voláteis. Ao mesmo tempo em que alfineta a ausência de atitude e engajamento da nova geração, que prefere ficar em casa dos pais e casar tarde, Cuenca indica um alto grau de cumplicidade que anula o moralismo. Critica e se diverte (e não deixa de se inserir como vítima da própria crítica)».

Se fosse um livro qual seria...

As Marias aceitaram o desafio da Rádio Comercial "Se fosse um livro qual seria...".
Eis os resultados:

Maria Manuela




Maria Manuel

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Albatroz lança “Lágrimas do Darfur”



Para lançar a sua nova chancela, a Albatroz, a Porto Editora publicou o livro "Lágrimas do Darfur" de Halima Bashir, que está disponível a partir de hoje (19 de Fevereiro), pelo preço 13,90 euros.

Sinopse:
Como será viver na pele os horrores do genocídio?
“Lágrimas do Darfur” é uma extraordinária e poderosa descrição das barbaridades que estão a ser cometidas no Oeste do Sudão; o primeiro relato escrito de uma mulher africana que sobreviveu ao inferno do Darfur e que chegou a desejar a própria morte.
Nascida numa pequena aldeia do Sul do Darfur, no seio de uma família abastada, Halima Bashir - apesar de ter sido vítima de um dos mais bárbaros costumes tribais, a excisão, a que foi submetida com apenas oito anos - viveu uma infância feliz e despreocupada. Graças ao apoio do pai, prosseguiu os estudos e formou-se em Medicina aos 24 anos, no ano em que o conflito étnico ganhou forças.
Longe iam os dias de coexistência pacífica entre Árabes e Africanos; no seu lugar estava agora um mundo de brutalidade, terror e morticínio patrocinado pelo governo sudanês. Quando a escola da aldeia para onde foi transferida em serviço é atacada e crianças entre os 8 e os 13 anos são selvaticamente violadas pelas milícias Janjaweed, enquanto os soldados governamentais impedem as famílias de as socorrerem, Halima denuncia ao mundo tamanho horror.
Este foi o seu delito, pelo qual pagou um preço terrível - foi presa e durante dias torturada e violada, uma táctica comum nesta região, considerada pelas Nações Unidas um crime de guerra e um crime contra a Humanidade.
Este documento de Halima Bashir é um grito de alerta contra o esquecimento e um despertar das consciências para um dos maiores dramas do século XXI.

Marias recebem e retribuem prémios





Prémio "BLOG DE OURO"

Obrigada ao blog Chocolate para a alma
(http://chocolateparaalma.blogs.sapo.pt/)



Prémio "VALE A PENA ACOMPANHAR ESTE BLOG"

As Marias agradecem aos blogues:
Viajar pela leitura
(http://viajarpelaleitura.blogspot.com/)
Floresta das leituras
(http://florestadasleituras.blogspot.com/)
Mil livros, um sonho
(http://viagemnasleituras.blogspot.com/)
Conta-me histórias
(http://contamehistorias.blogspot.com/)
Livros e leituras
(http://olharoslivros.blogspot.com/)





Prémio "DARDOS"

As Marias agradecem ao blog Mil livros, um sonho
(http://viagemnasleituras.blogspot.com/)





Obrigada a todos pela atribuição dos prémios.

Depois de muito ponderarem, as Marias chegaram à conclusão que não iriam estar a seleccionar blogues para atribuir estes prémios, tal como é previsto.
Assim, as Marias decidiram que estes prémios devem ser partilhados com todos aqueles que diariamente visitam o blog "Leituras das Marias", que com elas partilham o gosto e a paixão pela leitura e que divulgam o que de melhor ela tem nos seus blogues.
Por isso, PARABÉNS A TODOS os blogueiros literários e esperamos que continuem a visitar o nosso cantinho dedicado aos livros e seus afins!

As Marias


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Caminho edita "Canta o galo gordo"

Para incentivar os pequenotes à leitura, Inês Pupo e Gonçalo Pratas escreveram e compuseram "Canta o galo gordo". Trata-se de um livro/CD com 16 poemas musicados que a Caminho acaba de editar.
"Canta o galo gordo - poemas e canções para todo o ano" é um livro para crianças, com ilustrações de Cristina Sampaio, que conta histórias sobre a família, as estações do ano, festividades e tradições.
O livro é acompanhado de um CD, no qual Gonçalo Pratas interpreta cada um dos 16 poemas/histórias, acompanhado por convidados como Cristina Branco, Celina Piedade, Filipe Raposo, Francisco Santos e João Pupo, Luís Peixoto e Vasco Casais.
Gonçalo Pratas é professor num jardim infantil em Lisboa e Inês Pupo é psicóloga e psicoterapeuta.
Destinado a um público até aos seis anos, o livro inclui poemas sobre as férias, os avós, os meses e as cores, mas também sobre o Natal, o São Martinho e o Pão por Deus.
Gonçalo Pratas e Inês Pupo trabalham na área da infância há cerca de dez anos, tendo editado já o projecto "Buscapólos", com música para poemas de José Jorge Letria.
"Canta o galo gordo – poemas e canções para todo o ano" será apresentado a 3 de Março no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa.

Morreu o escritor sudanês Al-Tayyeb Salih

O escritor Al Tayyeb Salih faleceu hoje em Londres, aos 80 anos, após doença prolongada. O romancista sudanês tornou-se um dos nomes mais consagrados da literatura árabe.
Oriundo de uma família de agricultores, a sua intenção era seguir as pegadas do pai. Contudo, licenciou-se em Literatura e especializou-se na área do jornalismo. Após um breve período em que trabalhou como professor, mudou-se para Londres onde trabalhou na BBC, no Serviço Árabe daquela estação. Na sua carreira profissional exerceu ainda os cargos de director geral de informação no Qatar, no Golfo Pérsico, e representou a UNESCO também no Golfo Pérsico.
De Al-Tayyeb Salih está traduzido em português, pela editora Cavalo de Ferro, o romance "Época de migração para norte", que o tornou mundialmente conhecido e que a UNESCO integrou na sua Série de Obras Representativas da Humanidade.
Em 2001, “Época de migração para norte” foi seleccionada por um painel de escritores e críticos árabes como o romance árabe mais importante do Século XX, sendo ainda hoje uma obra proibida em diversos países do Médio Oriente e de África, por alegadamente conter cenas sexualmente explícitas.

"O último voo do flamingo" de Mia Couto vai ser adaptado ao cinema

O romance "O último voo do flamingo" do escritor moçambicano Mia Couto, vai ser adaptado para o cinema pela Fado Filmes. As filmagens começam a 18 de Março em Marracuene (Moçambique) e a realização estará a cargo do moçambicano João Ribeiro, que com esta obra se estreia na longa-metragem.
A escolha dos actores está a ser feita em Portugal, no Brasil, Moçambique e Angola e o filme deverá estar concluído antes do final do ano.
Para concretizar este projecto a produtora Fado Filmes conta com o apoio do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), da RTP, VídeoFilmes (do realizador brasileiro Walter Salles) e da Associação Moçambicana de Cineastas (AMOCINE).

Novidades Ministério dos Livros





Durante o mês de Fevereiro o Ministério dos livros, Grupo Saída de Emergência, na compra de dois livros oferece "Os dias do amor", recolha, selecção e organização de Inês Ramos e Prefácio de Henrique Manuel Bento Fialho.
Das novidades para o mês de Fevereiro destacam-se os títulos: Hitler - O Sonho do Führer, O Pesadelo do Mundo, de Giulio Ricchezza; A Vida Dramática dos Reis de Portugal, de José Brandão; Perdidos na Amazónia, de Stephen Kirkpatrick e Marlo C. Kirkpatrick; No Me Callo!, de Hugo Chávez; António A Biografia do Santo do Amor, de
Fernando Nuno; O Julgamento de Inês de Castro, de Artur Pedro Gil; Abraão O Pai das Três Religiões, de Bruce Feiler; e Kalevala (Ellias Lönrott.

Obra completa de Lopes-Graça em livro

“Tábua póstuma da obra musical de Fernando Lopes-Graça” é o nome do livro, com cerca de 440 páginas, que foi posto recentemente à venda e que inclui todas as obras do compositor português falecido em 1994.
O referido livro foi iniciado pelo próprio músico e concluído por Romeu Pinto da Silva, e inclui fotos inéditas. Pode ver a notícia na íntegra no JN de hoje.

Autor do livro "Guia da Barcelona de Carlos Ruiz Zafón" em entrevista ao JN

Sergi Doria escreveu "Guia da Barcelona de Carlos Ruiz Zafón", um itinerário sobre os locais e as personagens dos livros do escritor espanhol mais popular de hoje. Pode ver a entrevista na íntegra aqui.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

“A solidão dos números primos” no cinema

Especialista em Física de Partículas, Paolo Giordano decidiu escrever um livro aos 27 anos. “A solidão dos números primos” foi um livro escrito com base em histórias resultantes de amigos e pessoas próximas ao autor.
O que Paolo Giordano não contava é que o seu livro fosse o vencedor da 62.ª edição do Prémio Strega e recebesse uma menção honrosa no Prémio Campiello. Ambas as distinções ocorreram em 2008.
Agora, o livro do licenciado em Física vai ser adaptado ao cinema. Os direitos para a adaptação da obra ao cinema já foram vendidos e a rodagem do filme vai começar ainda este ano. A realização estará a cargo de Saverio Costanzo, o mesmo de "Private", obra premiada na edição de 2005 do Indie Lisboa.

Sinopse: “Alice é obrigada pelo pai a frequentar um curso de esqui para ser forte e competitiva, mas um acidente terrível deixará marcas no seu corpo para sempre.
Mattia é um menino muito inteligente cuja irmã gémea é deficiente. Quando são convidados para uma festa de anos, ele deixa-a sozinha num banco de jardim e nunca mais torna a vê-la. Estes dois episódios irreversíveis marcarão a vida de ambos para sempre. Quando estes “números primos” se encontram são como gémeos, que partilham uma dor muda que mais ninguém pode compreender.”

Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra no Mar novo livro de Lobo Antunes a publicar em Outubro

«…acabam os romances, acabam as crónicas, acaba tudo e não publico mais nada. A minha voz falada ou escrita já não se ouvirá mais.» Em entrevista ao jornalista do Diário de Notícias, Lobo Antunes refere que daqui a dois anos não publica mais livros. Pode ver a peça na íntegra aqui.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Cotovia com livros em saldo

Para assinalar os seus 20 anos, as Edições Cotovia, estão a realizar descontos na aquisição de livros novos ou manuseados.
Os livros do catálogo encontram-se com descontos de 20 a 40%. Podem ainda ser adquiridos livros manuseados a €1, €2, €3, €4 e €5.A iniciativa decorre até ao próximo dia 14 de Fevereiro. Os livros podem ser adquiridos na livraria das Edições Cotovia, na Rua Nova da Trindade, n.º 24 em Lisboa, de segunda a sexta das 9 às 20 horas e, aos sábados, das 10 às 18 horas.

Frente e Verso com a revista Visão

A partir de hoje, dia 12 de Fevereiro, a revista Visão, à semelhança do que vem acontecendo com a Sábado, lança a colecção Frente e Verso. São oito livros contendo dois títulos em prosa e verso de autores portugueses. O primeiro livro é grátis e os restantes têm um preço simbólico de 50 cêntimos. Os autores e livros escolhidos pela revista são:


Manuel Alegre - A terceira Rosa (prosa) / Livro do Português Errante (poesia) - dia 12 de Fevereiro;
Nuno Júdice - O Anjo da Tempestade (prosa) / Pedro, Lembrando Inês (poesia) - dia 19 de Fevereiro; Mia Couto - O Fio das Missangas (prosa) / Raiz de Orvalho e Outros Poemas (poesia) - dia 26 de Fevereiro;
Maria Teresa Horta - Antologia de Contos (prosa) / Só de Amor (poesia) - dia 5 de Março;
Mário Cláudio - O Anel de Basalto (prosa) / Dois Poemas (poesia) - dia 12 de Março;
Ondjaki - O assobiador (prosa) / Há prendisajens com o Xão (poesia) - dia 19 de Março;
João Melo - The serial Killer (prosa) / Auto-Retrato (poesia) - dia 26 de Março;
Fernando Pinto do Amaral - Contos (prosa) / Poemas Escolhidos (1990-2007) (poesia) - dia 2 de Abril.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O carteiro de Pablo Neruda - António Skármeta

Sinopse: A vida na Ilha Negra é demasiado aborrecida para Mario Jimenez, um jovem pescador que procura uma forma de subsistir sem ter de se dedicar à pesca, como a maior parte dos habitantes da ilha.
Mario decide abandonar o seu ofício para se converter no carteiro da ilha, onde só Pablo Neruda recebe correio. Mario e o poeta entabulam uma singular relação. Mario aprende com Neruda o que é uma metáfora e pede-lhe ajuda e conselhos para conquistar a jovem Beatriz. Entretanto, Salvador Allende ganha as eleições e as mudanças políticas sucedem-se vertiginosamente no país até acabarem por afectar gravemente as vidas dos habitantes da Ilha Negra.

Há já alguns anos que tinha assistido ao filme “O carteiro de Pablo Neruda” e recordo-me que na altura gostei.
Decidi ler o livro. Confesso que ao contrário do que costuma suceder (em que prefiro o livro à versão cinematográfica), não apreciei muito o livro.
Trata-se de um livro com poucas páginas, que facilmente se lê e, no início, ainda dá um ar da sua graça principalmente nos diálogos entre o carteiro Mario e Pablo Neruda. Mas, à medida que a história vai avançando, essa graça vai-se perdendo.
Apesar da desilusão que tive ao ler o livro, esta leitura suscitou-me a curiosidade para ver de novo o filme que tanto apreciei…

Classificação: 2/5

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Um Amor Assassino - Julie Garwood



A inversão dos instintos, a ausência de afectos. Jill abandonou a filha com apenas três anos de idade. Diabólica sedutora tenta, mais tarde, raptar a própria filha, Avery, assassinando a avó que tomara conta dela. Essa menina, amada e abandonada, disputada, sobrevive tornando-se uma arguta analista criminal do FBI. Por incrível que pareça a filha de uma sociopata cresce equilibrada, justa. Mas o passado persegue ainda Avery. O desaparecimento da tia - que tanto ama - levam-no a um perturbante encontro com a mãe e um vicioso assassino. A vingança de Jill ainda não terminou. Terá uma filha de sujar as mãos com o sangue da mãe? Ou será Jill capaz de tirar a vida àquela que viu nascer?
Inteligente, ponderada, atenta a cada detalhe. Avery Delaney é uma das melhores analistas criminais do FBI. Recolhe as provas com rigor, decifra-as, traça o perfil do criminoso, não teme a verdade. A vida testou-a, afinal, desde criança. Abandonada pela mãe, foi criada pela avó e pela tia. Quando tinha 11 anos de idade a mãe, e o seu amante, tentaram raptá-la acabando por assassinar a avó e ferindo Avery. Ela sobreviveu, mas as marcas ficaram.
Aliciada para umas férias nas montanhas do Colorado, a sua tia, Carolyn, desaparece misteriosamente. O seu coração dói de tanta preocupação, mas Avery tem, mais uma vez, de agir com racionalidade e usar todos os seus recursos de criminalista para descobrir o paradeiro da tia. Cruza-se então com um antigo agente da CIA, John Renard, que segue no encalço de um perigoso assassino conhecido por Monk, o monge. John sabe exactamente o tipo de crueldade de que ele é capaz e quando descobre a sua parceria com uma mulher de nome Jill Delaney - a mãe de Avery - decide avisá-la do perigo... Irá ainda a tempo?
Um intenso thriller de suspense e crime, condimentado a romance e emoção. Julie Garwood, autora norte-americana com milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, alia, com especial talento, acção e intimidade, medo e coragem. Em «Um Amor Assassino» conta a história de um estranho e perigoso amor entre mãe e filha.

Com uma história à partida interessante, parti para a leitura deste livro com expectativas demasiado elevadas. Isto porque, tendo em conta a sinopse achei que iria defrontar-me com um policial com suspense, e cheio de surpresas. Mas quando entrei a meio do livro nada disso estava a acontecer. A história começou a parecer-me demasiado previsível, sem grandes surpresas e com um enredo muito pobre. Pareceu-me mais uma história de amor do que propriamente um policial.

Classificação: 2/5

As Marias foram às compras e perderam a cabeça...












segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A Estrela de Joana - Paulo Pereira Cristóvão

Sinopse: Lembra-se de Joana Cipriano? A menina de oito anos cujo desaparecimento chocou Portugal em 2004? O caso e as peripécias do dia a dia que lhe foram inerentes são agora relatados em livro por um dos inspectores da Polícia Judiciária que acompanhou as investigações.
Autor e personagem de A Estrela de Joana, Paulo Pereira Cristóvão foi destacado, juntamente com dois colegas da Direcção Central de Combate ao Banditismo, para interrogar o tio de Joana, detido por suspeitas de envolvimento no desaparecimento da sobrinha. Os inspectores acabam por envolver-se na investigação e contribuem para sustentar a teoria de homicídio. Em A Estrela de Joana, o autor dá conta do quotidiano destes agentes e do desenrolar das pesquisas. O objectivo acaba por nunca ser atingido. Depois de semanas de buscas, o corpo de Joana não é encontrado. Os inspectores regressam a Lisboa. Numa esplanada, junto ao rio Tejo, comovem-se quando avistam uma estrela cadente, a estrela de Joana. Um livro que se assume como uma homenagem à corajosa Joana para sempre na memória de todos nós.

Em Setembro de 2004, Leonor Cipriano participava à GNR de Portimão o desaparecimento da sua filha Joana e tornava-se manchete em todos os jornais e telejornais. Decorrido pouco mais de um mês, os irmãos Leonor e João Cipriano eram presos por suspeita de homicídio e ocultação de cadáver.
Durante meses, a comunicação social fez a cobertura das investigações levadas a cabo pela polícia para encontrar o corpo de Joana. Mãe e tio tinham confessado o crime, mas não indicavam o paradeiro exacto do corpo da menina de oito anos.
A esse grupo de agentes, juntaram-se três destacados de Lisboa para ajudar na resolução do caso. Foi um desses agentes, Paulo Pereira Cristóvão, que teve a coragem de avançar com este livro para expor os pormenores das investigações realizadas e os interrogatórios que ele próprio fez a Leonor e João Cipriano. Foi nesses mesmos interrogatórios que Paulo Pereira Cristóvão conseguiu arrancar a verdade aos dois irmãos.
Quando Joana chegou do café encontrou a mãe e o tio em pleno acto sexual e ameaçou que iria contar ao companheiro de Leonor (Leandro). Segundo os irmãos, foi ao tentar evitar que a menina saísse de casa para contar ao padrasto, que o tio a acabou por a matar. Depois, pormenorizadamente, João Cipriano relata a Paulo Pereira Cristóvão como esquartejou o corpo da pequena e o escondeu na arca frigorífica. É penoso imaginar que alguém tem coragem para agir assim!
O inspector ponderou a hipótese do tio estar a omitir qualquer coisa no seu depoimento… Paulo Pereira Cristóvão considerou a possibilidade de Joana ter sido violada pelo próprio tio e daí, ocultarem o cadáver. Querendo tirar teimas sobre a sua teoria, o inspector, questionou o tio se tinha ou não violado a sobrinha ao que João, de forma tão fria e cruel, limitou-se a responder: «Eu não lhe fiz mal. Eu só a matei».
Depois de tudo o que ouviram e assistiram, Paulo Pereira Cristóvão e respectivos colegas foram afastados do caso e mandados regressar a Lisboa. Regressaram sem terem tido hipótese de recuperar o corpo da menina e com uma acusação de tortura a Leonor Cipriano.
Esta seria realmente uma história com um enredo fabuloso se nós não soubéssemos que ela, infelizmente, na realidade aconteceu.
Após este caso, Paulo Pereira Cristóvão decidiu retirar-se da Polícia Judiciária…

“Toda a gente opinava e todas as pessoas se esqueciam que, alheios a isto tudo, calados, sóbrios e aguentando o barco da serenidade, um grupo de homens discretos e humildes tentava dar um sentido àquilo que não fazia sentido. Tentavam dar luz a um caminho cuja iluminação havia sido apagada por todos nós. Talvez nunca se tenham lembrado. Foi pena!”
(Paulo Pereira Cristóvão)

Classificação: 4/5

Prémio Olha que blog maneiro!

Desde já as Marias agradecem ao blog http://viajarpelaleitura.blogspot.com/ pela atribuição deste prémio.
É para nós uma honra saber que o nosso blog, que ainda nem um mês tem de vida, já recebeu um prémio.

As regras são as seguintes:
1- Exiba a imagem do selo "Olha que Blog Maneiro"
2- Poste o link do blog que te indicou.
3- Indique 10 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
5- Publique as regras.
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
7- Envie uma fotografia sua ou de um amigo para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras correctamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.
8- Só é válido caso as regras tenham sido todas cumpridas.

Eis as 10 escolhas das Marias:
http://viajarpelaleitura.blogspot.com/
http://estante-de-livros.blogspot.com/
http://fasciniodaspalavras.blogspot.com/
http://viagemnasleituras.blogspot.com/
http://leitura-constante.blogspot.com/
http://letraseprozac.blogspot.com/
http://leituras-e-devaneios.blogspot.com/
http://vidasdesfolhadas.blogspot.com/
http://sombradoslivros.blogspot.com/
http://devaneiosdulcissimosamarissimos.blogspot.com/

Boas leituras para todos...

Para sempre, talvez – Cecelia Ahern



Sinopse: Cecelia Ahern conta-nos a história envolvente de um amor contrariado por um destino que teima em brincar com os seus dois protagonistas. Alex e Rosie atravessaram a infância e a adolescência juntos, sempre presentes na vida um do outro como melhores amigos. No entanto, quando chega o momento de começarem a descobrir as alegrias das noites na cidade e das primeiras aventuras amorosas, o destino resolve pregar-lhes uma partida ao colocar entre os dois a vastidão do oceano Atlântico. Mas poderão o tempo, a distância e o próprio destino ser mais fortes que um grande amor?

Quando li pela primeira vez Cecelia Ahern pensei, à partida, que não iria gostar do livro. A primeira impressão foi que deveria ser daquelas histórias lamechas em que tudo acaba bem e viveram felizes para sempre.
Mas enganei-me redondamente.
Quando me ofereceram PS I Love You comecei-o a ler por simpatia, mas o certo é que depois da primeira página nunca mais parei. A forma como a autora conta histórias é incrível.
Assim, quando a Presença resolveu fazer a reedição dos outros livros da autora (e tenho que dizer que as capas actuais estão muito mais atractivas do que as anteriores), achei que deveriam ser histórias a não perder.
Atrevo-me a dizer que ainda gostei mais do Para Sempre, Talvez, do que propriamente do PS I Love You. A forma como autora decidiu escrever a história de Alex e Rosie é simplesmente surpreendente e muito original. Tendo por base apenas bilhetes (cartas, emails, salas de conversação) a história vai-se desenrolando desde a infância dos protagonistas até à idade adulta. Através da troca de correspondência vai-se sabendo dos amores, desamores, preocupações, alegrias da família de ambos. O livro mostra ainda que a amizade é o mais importante na vida de uma pessoa: «As ex-namoradas são esquecidas facilmente. Os melhores amigos ficam connosco para sempre».
Após uma infância feliz, Alex e Rosie vão passar por várias vicissitudes que vão testar a sua capacidade de resposta. Rosie fica grávida ainda na adolescência e Alex tem de mudar para os EUA com os pais. Mas nunca deixam de conversar um com o outro, sendo sempre confidentes. Mostram ainda que não devemos ter medo de enfrentar os nossos maiores medos e que devemos avançar para aquilo que realmente queremos: «O Josh corre riscos; ele é mais forte do que eu. Ele dá sempre um mais um passo, apesar de saber que não devia. Mas mesmo assim, dá esse passo e aprende. Acho que nós, os adultos, temos muito para aprender com essa atitude. Talvez não devêssemos ter tanto medo e ser tão hipersensíveis quando pretendemos alcançar os nossos objectivos».
O meu agradecimento à editorial Presença por me ter proporcionado tão interessante leitura.


Classificação: 5/5

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Iniciativa Bertrand



O Dia dos Namorados está à porta e a Bertrand e a Hussel aliaram-se para o assinalar de uma forma especial e doce. Assim, na compra do livro Cartas de Amor de Grandes Homens de Ursula Doyle a Bertrand oferece 20% de desconto e um coração de chocolate da Hussel.

«O Padre António Vieira e o Mundo de Língua Portuguesa» lançado hoje



Integrado nas comemorações do quarto centenário de nascimento do Padre António Vieira celebrado em 2008 e que se prolongam até Agosto deste ano, vai ser apresentado hoje o livro «O Padre António Vieira e o Mundo de Língua Portuguesa», no Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa, no Campus da Foz, pelas 17:00.
A obra, em edição conjunta da EPAL (Empresa Pública das Águas Livres) e do referido Centro de Estudos, é coordenada pelos professores Aníbal Pinto Castro e Artur Teodoro de Matos, conta com textos de ambos e ainda de João Adolfo Hansen (Universidade de São Paulo, Brasil), Isabel Almeida (Universidade de Lisboa), Pedro Cardim (Universidade Nova de Lisboa), Mário Garcia S.J. e Manuel Cândido Pimentel ambos da Universidade Católica Portuguesa.
Após o lançamento segue-se ainda, no mesmo local, uma conferência cujo tema é «Vieira e a Língua Portuguesa», ministrada pelo professor Aníbal Pinto Castro.
Inserido ainda nas comemorações, a 13 de Fevereiro, o Teatro de Formas Animadas de Vila do Conde vai estrear uma adaptação para teatro do mais célebre textos de Padre António Vieira «Sermão de Santo António aos Peixes», levada a cena na Igreja de Santa Clara daquela cidade.
A sul, mais propriamente em Alcochete, está patente, até ao próximo dia 28 de Fevereiro, na Biblioteca Municipal uma exposição bibliográfica sobre o jesuíta português do século XVII.

Bicentenário de Darwin assinalado pela Texto Editora.



Para assinalar os 200 anos de Charles Darwin, no dia 12 de Fevereiro, a Texto Editora lança o livro infantil «Henriqueta, a tartaruga de Darwin», escrito por José Jorge Letria, e ilustrações de Afonso Cruz, com o intuito de dar a conhecer às crianças a vida do autor de «A Origem das Espécies».
O livro relata a história da vida e a obra do naturalista inglês, através da narração de uma tartaruga.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

"Uma cozinha no Douro" recebeu dois “Gourmand World Cookbook Awards”

O livro "Uma Cozinha no Douro", da autoria de Celeste Pereira e Rui Paula, foi editado em Novembro pela QuidNovi e recebeu recentemente, em Londres, o “Gourmand World Cookbook” para a Melhor Primeira Obra e para a Melhor Fotografia, de autoria de Nelson Garrido.
Os dois galardões atribuídos ao livro "Uma cozinha no Douro" foram o passaporte para estar na final do prémio “Best in the World”, cujo resultado será conhecido no próximo mês de Maio.
"Uma Cozinha no Douro" foi editado em inglês e português e além de receitas do cozinheiro Rui Paula, inclui textos sobre a gastronomia duriense de autoria de Celeste Pereira.
Rui Paula conta actualmente com 40 anos. Iniciou a sua actividade como cozinheiro aos 26 anos no restaurante Cepa Torta, em Alijó. No concurso "Gastronomia com Vinho do Porto", organizado pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto e pela revista Inter Magazine, já amealhou três medalhas de ouro, uma em 2005 e duas em 2007, e duas de prata em 2001 e 2003.
No ano passado o seu restaurante D.O.C., localizado no cais da Folgosa em Armamar, foi distinguido com o Garfo de Ouro, do anuário "Boa Cama, Boa Mesa", editado pelo jornal "Expresso". Esta distinção colocou-o entre os 10 melhores restaurantes de Portugal.
Nos “Gourmand Awards 2008”, cujo prazo para entrega de livros ocorreu a 15 de Novembro último, participaram um total de 102 países, sendo que 101 concorreram para a categoria de livros de cozinha e 43 para a categoria de livros sobre vinhos. Segundo dados da organização do evento, em 2008, foram recebidos mais 15% de livros do que na edição anterior.

Primeiro leitor digital de livros à venda em Portugal



A Bookeen já colocou à venda no nosso país o primeiro leitor de livros digitais. Disponível desde Janeiro no site da Pixmania, o cybook, assim se chama o leitor, tem capacidade para 512 Mb o equivalente a cerca de mil livros e custa 289 euros já com IVA incluído.
Além da comercialização de obras digitais, que têm um preço inferior às obras em formato papel, existem ainda algumas iniciativas como o Projecto Gutenberg, "o primeiro produtor de livros electrónicos grátis", que possibilita o acesso a obras completamente gratuitas centrando-se sobretudo nos clássicos.
Caso já deveras conhecido é o do escritor brasileiro Paulo Coelho que criou propositadamente um site na internet criou recentemente o site na Internet "Pirate Coelho", que permite descarregar gratuita e legalmente os seus livros.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Crime no Vicariato - Agatha Christie




Sinopse:MISS MARPLE ENTRA EM CENA...St. Mary Mead é uma pacata aldeia inglesa, onde o dia-a-dia decorre sem incidentes de relevo e até os equívocos e desaguisados do costume fazem já parte da rotina diária. Mas o comportamento arrogante e intransigente do coronel Protheoroe, figura proeminente na vida da aldeia, torna-o no alvo preferido de comentários controversos e dos ódios mais enraizados, levando o próprio vigário a declarar um momento de desespero e irreflexão que quem matasse o coronel faria um favor ao resto do mundo. O sereno vigário Clement não imaginava então que este seu comentário pouco feliz voltaria para o atormentar...


Mais um livro da mestre do policial, Agatha Christie. Devo confessar que este livro não foi dos que mais gostei de ler da autora inglesa. Sou fã incondicional de policiais, sobretudo de Agatha Christie, mas este não me cativou muito. Talvez pelo detective ter sido o vigário, que teve o papel principal, ou então por ser Miss Marple a desvendar o crime, que também não é a minha personagem preferida, ou mesmo talvez pelo crime não ter sido tão surpreendente. Gosto bem mais dos romances com Poirot que, apesar de ter uma personalidade vaidosa e arrogante, é delicioso e inteligente na resolução dos crimes.


Classificação: 2/5

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Metro do Porto proporciona “Viagens Literárias”

Porque «a vida agitada que nos invade todos os dias não deixa muito espaço para a leitura», o Metro do Porto está a levar a cabo uma campanha em que os seus passageiros podem ler enquanto viajam. Trata-se da iniciativa “Viagens Literárias no Metro”, uma campanha de sensibilização que pretende fomentar a leitura junto dos utentes da rede.
Um estímulo dado pelo Metro do Porto que se reflectiu ainda na selecção dos títulos disponíveis para requisição e nos cenários que foram criados nas estações daquele transporte.
Até ao dia 30 de Abril os livros estão em viagem em toda a rede e a bordo da Linha Vermelha (B), entre a Estação da Póvoa de Varzim e a Estação Estádio do Dragão.
Para fazer parte desta viagem, os clientes portadores de títulos de assinatura Andante (Gold) ou Andante multiviagens (Azul) deverão proceder ao registo na campanha nas Lojas Andante da Trindade, da Casa da Música ou da Póvoa de Varzim. Poderão igualmente efectuar este registo e obter o seu cartão «Viagens Literárias» junto dos promotores/ardinas que circulam a bordo dos veículos. O cartão para requisição de livros é gratuito.
A escolha dos livros recaiu nos Clássicos da Literatura Universal, como "Os Bichos" de Miguel Torga, "Moby Dick" de Hermann Melville, "Mil Novecentos e Oitenta e Quatro" de George Orwell, "A Cidade e as Serras" de Eça de Queiroz, "Uma Família Inglesa" de Júlio Dinis, "A um Deus Desconhecido" de John Steinbeck, "O Retrato de Dorian Gray" de Oscar Wilde, "A Metamorfose" de Franz Kafka, "O Jogador" de Fyodor Dostoiévski, "A Volta ao Mundo em 80 dias" de Júlio Verne, ou "Lolita" de Vladimir Nabokov.
Um marcador de livros personalizado ajuda todos os utentes do Metro a retomar a leitura na viagem seguinte.
Os títulos requisitados devem ser depois devolvidos em qualquer daquelas lojas ou também no Metro. No final da iniciativa, os livros vão ser doados a Instituições de Solidariedade Social.
Mais uma iniciativa em prol da leitura que é de louvar!
Boas viagens e boas leituras!

Sociedade Portuguesa de Autores vai homenagear Alçada Baptista



Leonor Xavier, Guilherme de Oliveira Martins e frei Bento Domingues vão destacar, individualmente, uma faceta do percurso do autor de «Os nós e os laços». Esta é forma que a Sociedade Portuguesa de Autores pretende homenagear Alçada Baptista, falecido no passado dia 7 de Dezembro.
A sessão vai ter lugar no auditório Frederico de Freitas, no edifício sede da cooperativa, à Avenida duque de Loulé, na próxima quinta-feira.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Lançamentos previstos para o mês de Fevereiro

Dom Quixote
- A fortuna de Matilda Turpin – Álvaro Pombo
- A mão esquerda de Deus – Pedro Almeida Vieira
- Poesia reunida – Maria Teresa Horta
- Obra completa – Nuno Bragança
- Nocturno indiano – António Tabucchi
- O oráculo do velho Mandarim – Mafalda Moutinho
- Frente a frente com a vida, a mente e o universo – Eduardo Punset

Livros D'Hoje
- O vendedor de sonhos – Augusto Cury
- Sorte do diabo – Ian Kershaw
- As aventuras de Johnny Bunko – Daniel H. Pink

Durante o mês de Fevereiro vai decorrer a VII Feira de Livros em fim de edição, na Estação do Oriente



Durante o mês de Fevereiro vai decorrer a VII Feira de Livros em fim de edição, na Estação do Oriente
Lisboa. Diariamente, das 9 às 22 horas vão estar disponíveis milhares de títulos de diferentes géneros a preços muito reduzidos.
São restos de stocks, fins de edição, promoções, saldos, livros com deficiente apresentação mas com conteúdo intocável, edições já raras - um mundo de surpresas para quem gosta de livros.
No mesmo espaço, encontrará também algumas novidades editoriais.
Portanto, para quem é de Lisboa ou trabalha na capital pode aproveitar esta grande oportunidade.
Pena ser de tão longe...