quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Novidades Bertrand para Dezembro

Título: Rosebud
Autor: Pierre Assouline
Chancela: Bertrand Editora
N.º de Páginas: 174
PVP: 14,90 €
Tradução: Manuel José Trindade Loureiro e Maria Helena Simões Loureiro
Disponível a partir de 18 de Dezembro

Depois do lugar cimeiro conquistado em França, muito por causa do seu blogue La République des Livres, vinculado ao jornal diário Le Monde e um dos mais lidos pelos internautas franceses, Pierre Assouline estreia-se entre nós com Rosebud.

“Citizen Kane também me fez biógrafo”, escreve o autor nas primeiras páginas do primeiro capítulo de Rosebud, obra que reúne fragmentos de biografias de várias personalidades históricas, de Kipling a Picasso, passando por Diana Spencer.
“Todos estes destaques de biografias são sombras de verdades. Isolá-los para os colocar um a um na lâmina fosca do microscópio é como inventá-los. Eles não têm existência histórica senão pela importância que se lhes concede. Extravagante talvez, resolutamente arbitrário e de tal modo subjectivo. No fundo que importa que o essencial de uma vida consista no inefável”, acrescenta.
Rosebud é sobre isso mesmo, sobre esse pormenor indescritível que se eleva e abre horizontes insuspeitos.
“(…) pode ser uma vestimenta, um objecto, um gesto. Uma obra de arte eventualmente. Ou uma madalena. Talvez um traço ou um sinal. Às vezes mesmo uma simples página de um livro. Ou uma palavra.”
, defende Pierre Assouline.
“Há mais de trinta anos que procuro esse rosebud (botão de rosa) em cada um”
, escreve ele logo no início do primeiro capítulo. E embora indizível, a força que o leva a isolar a parte de um todo é algo que se sente a desabrochar em cada página deste livro. Nascido em Casablanca em 1953, autor de 4 romances, dez biografias (entre elas a do editor Gallimard, do fotógrafo Cartier-Bresson, de Hergé - criador do famoso Tintin -, e do escritor Simenon), trabalhou vinte anos na revista Lire (dez como director), Pierre Assouline é actualmente um dos bloguistas mais lidos em França.
Assouline, que também escreve para o Le Nouvel Observateur e para a Magazine Littéraire, acredita que “o blog é o meio mais rigoroso porque quando cometo um erro ou omissão, de seguida há algum leitor que mo faz saber e faço a correcção na hora, enquanto que na imprensa os equívocos se perpetuam”.
Homem de referência do jornalismo cultural europeu, Pierre Assouline venceu em 2005 o Prix des Maisons de la Presse (com o romance Lutetia) e em 2007 o Prix de la Langue Française.



Título: As Aventuras de Sherlock Holmes
Autor: Sir. Arthur Conan Doyle
Chancela: Bertrand Editora
N.º de Páginas: 272
PVP: 14,95 €
Tradução: Hamílcar de Garcia
Disponível a partir de 18 de Dezembro

Sherlock Holmes, o famoso detective da obra de Sir. Arthur Conan Doyle, reconhecido mundialmente pelo seu cachimbo (e lupa) bem como pelos seus invejáveis poderes de observação e dedução está de volta ao grande ecrã (o filme de Guy Ritchie protagonizado por Hugh Jackman e Jude Law acaba de chegar às salas de cinema) e às livrarias nacionais.

As Aventuras de Sherlock Holmes, publicado pela primeira vez em 1892, reúne doze contos publicados inicialmente entre 1891 e 1892 na revista The Strand. Nesta colectânea podemos encontrar, entre outros, Um Escândalo na Boémia, que gira à volta da astuta Irene Adler, Um Caso de Identidade, A Faixa Malhada ou O Mistério do Vale Boscombe. Sempre coadjuvado pelo inestimável Doutor Watson, Sherlock Holmes nunca deixa por resolver os casos que lhe são apresentados. Graças ao seu método lógico-dedutivo, Holmes consegue sempre surpreender os leitores com as suas deduções, recorrendo às coisas mais triviais para solucionar mistérios aparentemente insolvíveis, com a inteligência e a acutilância que o transformaram numa das mais brilhantes e fascinantes personagens da literatura policial.

Sobre Arthur Conan Doyle
Sir. Arthur Conan Doyle (1859-1930) tornou-se mundialmente conhecido por ter criado o detective Sherlock Holmes, que se tornou uma referência para toda a literatura policial, ao introduzir a lógica na investigação. Foi um escritor prolífico, cujos trabalhos incluem histórias de ficção científica, novelas históricas, peças e romances, poesia e obras de não-ficção. Alguns dos seus trabalhos fazem menção ao espiritismo e ao sobrenatural, nomeadamente às fadas, tendo inclusive dedicado a obra The Comming of Fairies às supostas fadas de Cottingley, que posteriormente vieram a revelar-se uma fraude.



Título: Alfredo da Silva e Salazar
Autor: Miguel Figueira de Faria
Chancela: Bertrand Editora
N.º de Páginas: 332 + Extra-Textos
PVP: 20,50 €
Disponível a partir de 18 de Dezembro

Das primeiras medidas da Ditadura, passando pela questão dos Tabacos e até ao auge da crise Totta, Alfredo da Silva e Salazar mais do que juntar as biografias do fundador da CUF e de Oliveira Salazar, revela o retrato detalhado de uma relação conturbada entre Alfredo da Silva e Salazar.
Numa obra de profunda pesquisa e rigor, Miguel Figueira de Faria, doutor em História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, professor do Departamento de História, Artes e Património do Instituto de Investigação Pluridisciplinar da Universidade Autónoma de Lisboa, apresenta e analisa a relação entre Alfredo da Silva, personalidade chave da economia portuguesa, destacado industrial e financeiro, e António de Oliveira Salazar.
Segundo o autor, “a narrativa procurou deste modo estabelecer, numa primeira fase, um quadro de partida do exilado (prólogo) e do seu combate (I Capítulo), até à regeneração política (II). Segue-se uma segunda parte com a aproximação de Alfredo da Silva ao regime, em plena crise mundial (III-IV), onde descrevemos os primeiros encontros entre o industrial e o político, na luta pela sobrevivência da CUF, no contexto da Grande Depressão (V). Finalmente, reconhecemos o momento de maior atrito com a situação, ditado pelos interesses contraditórios no sector da Marinha Mercante (VI), para concluirmos numa derradeira etapa de conciliação da convergência de Salazar, no quadro dos grandes conflitos internacionais que eclodiram na segunda metade da década de Trinta.”
“Uma relação sinuosa, repetimos, construída por cumplicidades e confrontos, mas sem rupturas irreversíveis”
, acrescenta.


0 Comments: